terça-feira, 8 de dezembro de 2015

"Esparguete à bolonhesa" vegetariano que toda a criança vai adorar

“ESPARGUETE À BOLONHESA” VEGETARIANO

Todos sabemos como é difícil por vezes convencer as crianças a comer vegetais. Mas esse não é um problema só dos mais pequenos, pois grande parte dos adultos também não come e assim fica difícil fazer as crianças acreditar que os vegetais são deliciosos e precisos para nos manter saudáveis.
É verdade que nem todos têm um sabor agradável, mas há tanta variedade que não há desculpa para não comerem. Um dos truques está na forma como são preparados e esta receita super económica convence qualquer criança e adulto.

4 pessoas
Ingredientes:

¼ de abóbora média
½ kg de feijão verde
1 Lata grande de tomate pelado
1 Cebola
Sal
Azeite
Orégãos
Noz-moscada (opcional)

Preparação:

- Corte a abóbora em quadradinhos muito pequenos de modo a parecer carne picada (esta parte demora tempo e é preciso muita paciência, mas pense nas pessoas para quem vai preparar e será mais fácil).

- Com a ajuda do descascador de legumes corte as laterais (os “fios”) do feijão-verde e depois corte coma faca às tiras finas (esta é uma forma muito saborosa de comer este legume pois fica tão suave que parece mesmo massa)

- Coza o feijão-verde com uma pitada de sal e enquanto isso, faça um refogado com a cebola, sal e azeite e quando a cebola estiver dourada deite a abóbora. Deixe refogar mais um pouco e junte o tomate previamente triturado com a “varinha mágica”. Deixe cozer a abóbora e se necessário junte um pouco de água.

- Quando estiver quase pronto tempere com orégãos e uma pitada de noz-moscada. (as quantidades são a gosto, mas para crianças não use grandes quantidades)

- Quando tudo estiver pronto é só servir e esperar que todos aprovem


Bom apetite!!

Últimas aquisições - compras

Olá!
Hoje venho mostrar as minhas últimas aquisições. E se o Natal não correr como estou à espera, serão as últimas de 2015.
Os primeiros 2 comprei na livraria e os restantes em segunda mão. Há sempre gente a querer despachar livros na net e é só estar atento para se fazer bons negócios :). Mas vamos lá ao que interessa!

O Homem que Mordeu o Cão – Os Clássicos
Fã de Nuno Markl e deste programa de rádio desde os seu inicio, não podia deixar de comprar esta pérola para a minha colecção. Na verdade todos os exemplares de O Homem que mordeu o cão fazem parte de uma coleção partilhada com o meu irmão.

Sinopse:
"O Homem que Mordeu o Cão – Os Clássicos" é uma compilação das melhores histórias alguma vez publicadas em livro e de alguns textos inéditos.O primeiro livro do Homem que Mordeu o Cão, publicado em 2002, já vendeu 160 mil exemplares. A rubrica da rádio comercial "O Homem que Mordeu o Cão" está no ar desde 1997 e tem uma legião de fãs incondicional e muito atenta.

A revolução da Mulher das Pevides
Quem segue o meu blogue já sabe que gosto muito da Isabel Ricardo e que comprei este livro para a leitura conjunta com algum pessoal do Cantinho do Fiacha, tal como fizemos no ano passado com O último conjurado.
Este ano atrasei-me e ainda só vou a meio do livros mas estou a adorar.

Sinopse:
Os exércitos de Napoleão ocupavam Portugal. Uma mulher, armada apenas da sua beleza e argúcia, vai despoletar a revolução para os expulsar 

Perante os canhões e as balas dos exércitos franceses, Ana Luzindra só tinha uma arma: a sua beleza. Mas a beleza também pode ser mortal.

A Revolução da Mulher das Pevides transporta-nos para os anos de terror das invasões francesas. A morte e a crueldade marchavam lado a lado com os exércitos veteranos de Napoleão. E enquanto a Família Real fugia para o Brasil, o povo ficava para suportar todo o tipo de humilhações.
Na vila da Nazaré, Ana Luzindra é parteira de profissão e uma mulher simples. Para fazer frente aos canhões e balas dos franceses só tem uma arma: a sua estonteante beleza. Atraindo-os, um a um, para a morte na calada da noite, a jovem inspira toda uma comunidade e pegar em pedras e paus para expulsar os invasores.
A Revolução da Mulher das Pevides, expressão da Nazaré que significa “algo insignificante”, foi tudo menos isso: pelo sobressalto que pregou aos franceses, e pela posterior vingança desproporcionada que estes praticaram sobre a Nazaré, acabou por ser um dos momentos mais importantes da invasão, e inspiraria o longo e árduo caminho dos portugueses e aliados até à derradeira vitória sobre as tropas do temível Napoleão.

Recorrendo a uma pesquisa exaustiva, Isabel Ricardo oferece-nos um bilhete para um dos períodos mais importantes da História de Portugal.

O triunfo dos porcos
Há bastante tempo que andava à procura deste livro em português. Li há uns anos em Pt-Brasil e achei genial. Muito politico e muito actual. Leva-nos a uma reflexão sobre a nossa sociedade e mostra como o poder nos manipula e se não estamos atentos não passamos de meros bonecos.
LEITURA OBRIGATÓRIA!!

Sinopse:
Plano Nacional de Leitura
Livro recomendado no programa de português do 9º ano de escolaridade, destinado a leitura orientada na sala de aula - Grau de Dificuldade II. 

Publicado pela primeira vez em 1945, O Triunfo dos Porcos transformou-se na clássica fábula política deste século. Acrescentando-lhe a sua marca pessoal de mordacidade e perspicácia, George Orwell relata a história de uma revolução entre os animais de uma quinta e o modo como o idealismo foi traído pelo poder, pela corrupção e pela mentira.

Oliver Twist
Por ser um clássico, pela curiosidade e pelo preço. Confesso que não sei nada à cerca do livro. Perdoem minha ignorância :P

Sinopse:
Obra maior de Charles Dickens, Oliver Twist foi publicado originalmente entre 1837 e 1839 na revista Bentley’s Miscellany e publicado em formato de livro em 1838. Obra escrita nos intervalos de escrita de outra obra, é notável pelos seus propósitos claros e a sua constante intensidade. Extremamente realista, retrata pela primeira vez a realidade sórdida dos gangs londrinos, até então descritos com glamour e romantismo. Realça a vida de escravatura das crianças de rua e um submundo paralelo ao mundo imperial da Grã-Bretanha. Ladrões, assassinos, mentes perversas, prostitutas, a dureza da vida na sarjeta num mundo sem esperança povoam o universo de Oliver Twist, o órfão que personifica a resistência ao sofrimento, à corrupção e à luta pela vida que faz dele um verdadeiro sobrevivente.

Os filhos da meia-noite
Comprado também em segunda mão, pela sinopse, por já ter ouvido falar muito deste livro e confesso que não resisti a estes olhos cor de avelã.

Sinopse:
À meia-noite do dia 15 de Agosto de 1947, no momento exacto da independência da Índia do Império Britânico, nasce em Bombaim Saleem Sinai… A sua vida vai acompanhar e sofrer todas as convulções dos primeiros trinta anos da vida da Índia, incluíndo a separação do Paquistão, a guerra Indo-Paquistanesa e o Estado de Emergância de Indira Ghandi. Esta obra, o mais impressionante fresco alguma vez escrito sobre a Índia comtemporânea, conquistou em 1981 o Prémio Booker e recebeu em 1993 o Booker of Bookers, concedido ao melhor de todos os livros galardoados com o Prémio Booker nos seus primeiros 25 anos de existência. Em 2008 foi declarado o melhor romance vencedor do Booker de todos os tempos


E são estas as minhas últimas aquisições. 
O que têm a dizer sobre os meus novos livros? Já leram? Gostaram?
Contem-me tudo.

Boas leituras e bom feriado =)





sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Opinião - Para sempre Carcóvia de João Máximo

"(...) Era eu que estava ali, sentado a olhar. E pela primeira vez na minha vida eu sentia forças invisíveis, a elevar-me cada vez mais alto, até ultrapassar as montanhas, os montes e as colinas, até ultrapassar as cidades, as vilas, e as pequenas povoações, que via desaparecer aos poucos, debaixo de mim. Tudo ia ficando cada vez mais pequeno.(...)"

Sinopse:
Pequenas névoas espalhadas no céu. E um tipo de peugada assim, eu conheço… e só podia ser feito por aqueles bombardeiros que vinham desde a Heldenplatz, até aqui.
(senhora) – És alemão? Há muito tempo que não via um alemão por aqui.
(Kurt) – Não. Sou austríaco. Nasci na Áustria, que faz fronteira com a Alemanha.
(senhora) – Engraçado. Pensava que a Áustria fazia parte da Alemanha.
(Kurt) – Fez em tempos, sim. Mas agora já não.
(senhora) – Chamo-me Urszula. Prazer em conhecer-te.
(Kurt) – Percebo. E viveu sempre aqui? Do que vive ou o que é que faz aqui, se é que posso saber? É casada? Tem filhos? Os seus netos costumam vir vê-la?
(Úrsula) – Não, rapaz. Nunca me casei. Como me podia casar se não há aqui ninguém?
(Kurt) – Percebo. Mas está informada, certo? Tem televisão? Ou rádio? Lê jornais? Sabe o que se passa no mundo?
(Úrsula) – Vou sabendo o que se passa, pela televisão… Tenho-a há uns anos recentes, juntamente com o telefone e a luz. A vida desde a independência mudou por aqui, e para melhor, tirando a paisagem. Este lugar era ainda mais bonito antes da guerra.
(Kurt) – Ainda mais bonito? Este lugar é lindo, minha senhora. Olhe só para este céu, veja como é belo e espaçoso.
(Úrsula) – Sim. Não há um céu como este…

Opinião:
Mais do que um romance, este Para Sempre Carcóvia é um retrato poético de um lugar que marcou imenso o autor. Uma dedicatória de cerca de 500 páginas a um lugar especial. João Máximo leva-nos numa viagem até Kharkiv, Ucrânia.
A história centra-se na relação entre o avô Lenine e o seu neto Kurt com o conflito de gerações e as experiências porque passam, mas o mais interessante são as reflexões, memórias e descrições do autor.
Logo no inicio somos surpreendidos com uma escrita poética e muito cuidada que nos cativa. Depois ao longos da história temos diálogos ou reflexões sobre a sociedade, religião e passado histórico que nos fazem pensar também. Se juntarmos a isso factos históricos e um retrato de um local que passou por tantas transformações, temos mais do que razões suficientes para não largar este livro.
Gostei da forma como o João nos apresenta as personagens e da sua importância nos momentos mais marcantes, mas fiquei triste por uma, pois esperava mais do Taras. A minha personagem favorita sem dúvidas é Lenine, um homem de outro tempo e fiel aos seus valores, muito marcante. 
Também me impressionaram alguns factos históricos, como a guerra e os campos de trabalho forçados, algo que só imagino na 2ª Guerra Mundial mas que se passou há pouco mais de duas décadas. 
Por fim... Se o inicio o livro me deixou cheia de entusiasmo e sorriso feito, o final deixou-me totalmente arrebatada. Algo inesperado acontece e ao mesmo tempo algumas peças que perdi no meio da história entre tantas descrições e reflexões, encontram o seu lugar e tudo faz sentido.

Esta é uma obra que requer tempo, pois apesar da escrita cuidada e rica, a leitura nem sempre tem o ritmo que desejamos, temos de nos deixar embalar. É um livro que recomendo a todos.
João Máximo é um jovem cheio de talento, muito culto e viajado. Para sempre Carcóvia, lançado em 2013 é o seu primeiro livro e este ano lançou Não há aves em Sobibor, minha próxima leitura.

João Carlos Máximo nasceu em 1988, na localidade de Unhais da Serra, concelho da Covilhã.
Foi músico de Saxofone Alto e atleta federado. João Carlos Máximo é Licenciado em Ciências Biomédicas, pela Universidade do Algarve, desde 2009. Em 2012, foi finalista da iniciativa “O meu movimento – Não tenho que emigrar para me formar”, concurso promovido pelo Governo de Portugal.
Nestes últimos anos passou por vários países dos continentes Europeu, Africano e Asiático.
Hoje em dia, frequenta o curso de Ciências Farmacêuticas da Universidade da Beira Interior, e é colaborador do Jornal “Correio de Unhais”, sendo o autor de uma crónica mensal, intitulada “O Mundo”.

Boas leituras!




terça-feira, 17 de novembro de 2015

Por uma vida mais saudável #1 - Como (e) emagreço

Olá, tudo bem?

Estou numa nova fase, mais virada para a minha saúde e a linha. 
Não deixei os livros de parte mas confesso que a minha atenção nestes últimos meses anda mais virada para os tachos e a procura de uma vida mais saudável.
O meu objectivo inicial quando comecei com a dieta era mesmo emagrecer, mas acabou por despertar em mim uma mudança que tem tudo para se manter. 
O verão estava à porta e não me sentia bem no corpo que tinha, então decidi fazer dieta e cuidar mais de mim. Já tinha feito imensas dietas e maluquices para emagrecer nos últimos anos, mas esta experiência foi bem diferente, mais consciente, mais madura, mais planeada e com isso consegui obter melhores resultados e mudar bastante o meu estilo de alimentação. 
O outono chegou, vai passando e a vontade de manter uma alimentação melhor continua. É uma surpresa para mim, pois a esta altura já devia estar a atacar tudo o que era fast food e sem preocupações porque a roupa tapa as gordurinhas a mais. Mas não! A verdade é que quando começamos a comer melhor e sem sacrifícios o corpo e a mente habituam-se e não querem voltar aos disparates anteriores. 
Esta é parte da experiência que partilhei no meu instagram, catiasv.
Partilhar publicamente um desafio é uma excelente forma de compromisso e uma meio de contágio para outras pessoas que estão a precisar de ideias e motivação.
Obviamente não faço do instagram o meu nutricionista mas retiro bastantes ideias para as minhas receitas e encontro motivação nas horas mais complicadas.
Fazer mudanças é fácil, manter, nem tanto mas o importante é não desistir e se cairmos na tentação temos de compensar depois e tratar o corpo como ele merece.
Toda a gente sabe que uma alimentação variada, com menos açucar e gorduras é a opção mais saudável, mas custa imenso deixar de comer certas coisas que adoramos. Temia ficar mais irritada e ansiosa por me estar a privar de certos doces e salgados, mas curiosamente fui ficando mais calma, menos stressada e o facto de me sentir com mais energia deixava-me alegre e mais motivada.
Hoje estou certa que esta mudança era necessária, não só pela minha saúde, mas também pela do meu filho e envolve-lo nesta aventura não foi difícil felizmente, pois ele gosta de vegetais e fruta. 
Esta experiência é o inicio de um estilo de vida que eu quero que ele compreenda e adote. Quero que ele cresça saudável e que aprenda a fazer boas escolhas no dia a dia. Não quero que se torne um jovem obeso e doente. Com dez anos já tem algum peso a mais e vale-lhe a sua altura para equilibrar, é um guloso e gosta de tudo, por isso  tenho de ter bastante cuidado e imaginação para lhe passar bons ensinamentos.
Novos alimentos, novos sabores e novas receitas passaram a fazer parte da nossa rotina e até agora tem corrido muito bem.
Algumas pessoas têm perguntado sobre algumas receitas que faço e dicas para uma alimentação mais saudável, então decidi começar a partilhar aqui algumas das minhas escolhas e truques. 
Partilho o que mais gosto e o que resulta comigo. 
Sinto-me com mais energia, mais leve e alegre. E emagreci! A roupa e a balança comprovam. \o/ Sinto-me melhor mas como ainda não voltei ao médico não faço ideia como o meu organismo está a reagir, não faço análises de sangue à vários meses, no entanto apesar da curiosidade, não à motivos nem pressas para isso

Espero que participem e que estes sejam momentos de partilha. Podem comentar e deixar sugestões. =)

domingo, 8 de novembro de 2015

Canções com história #7 - Romaria das festas de Santa Eufémea

Para quem ainda não sabe, eu colaboro no jornal mensal da Banda Filarmónica da Erada com alguns artigos e Canções com História é um deles. Gosto tanto de fazê-lo que resolvi partilhar aqui no blogue.
A música é a minha grande paixão. Todo o tempo que dedico a ela é precioso e encontro sempre algumas histórias que acho que devem ser partilhadas. Espero que gostem


O primeiro fim de semana de setembro na minha aldeia é uns dos mais especiais pois celebramos a grande Festa em Honra e Glória a Nossa Senhora dos Milagres. 
Aparentemente é uma romaria como tantas outras, mas para nós é especial e a mais aguardada do ano.

As romarias são uma das manifestações populares que mais gosto, as famílias juntam-se, as casas enchem-se de aromas fantásticos, enfeitam-se as ruas, as capelas enchem-se de fiéis e as procissões acompanhadas pela filarmónica são um dos momentos altos. Por fim, noite dentro, temos os balaricos onde entre copos e danças a população se diverte.
O verão por estes lados é sempre muito activo e quando se tem grupos de bons amigos que gostam de festa, as romarias são a nossa diversão dos fins de semana. 
No fim, quando as festas acabam, as aldeias voltam ao sossego e quase hibernamos. Sossegamos, recuperamos energia e aguardamos pelo próximo verão e as festas que chegam com ele. 

Há dias ouvi na rádio uma canção que é o retrato autêntico dessas romarias e senti saudade de tudo. Essa canção tem uma letra genial e descreve o que realmente se encontra nestas festas. 
E quem melhor para retractar cenários que o nosso talentoso Miguel Araújo
É um poeta genial e juntamente com António Zambujo fazem trabalhos de composição incríveis como é este que vos trago hoje. 
Fiquem atentos e desfrutem 


ROMARIA DAS FESTAS DE SANTA EUFÉMIA

Em dia de romaria
Desfila o meu vilarejo
Ainda o galo canta o dia 
Já vai na rua o cortejo

O meu pai já está de saída
Vai juntar-se aquele povo 
Tem velhas contas com a vida
A saldar com vinho novo

Por mais duro o serviço
Que a terra peça da gente
Eu não sei por que feitiço
Temos sempre novo alento

A minha mãe, acompanhada
De promessas por pagar
Vai voltar de alma lavada 
E joelhos a sangrar

A minha irmã quis ir sozinha
Saiu mais cedo de casa
Vai voltar de manhãzinha
Com o coração em brasa

REFRÃO

A noite desce o seu pano
No alto deste valado
O sagrado e o profano
Vão dançando lado a lado

Não sou de grandes folias
Não encontrei alma gémea
Há-de haver mais romarias
Das festas de Santa de Eufémia

Música do projecto Os da Cidade (Miguel Araújo, António Zambujo, João Salcedo e Ricardo Cruz), escrita por Miguel Araújo e editada no disco "Crônicas da Cidade Grande"

A mártir Santa Eufémia é uma santa muito adorada e venerada em Portugal em várias freguesias com o seu nome ou com romarias em sua honra. Na primeira quinzena de setembro são inúmeras as festas e arraiais que se realizam, não só em Portugal mas também em Espanha, Itália e Croácia, onde o seu corpo se encontra preservado na cidade de Rovinj.
Nasceu em meados do ano 288 na cidade de Calcedónia, na actual Turquia, numa família nobre e respeitável. Foi criada nos ideais cristãos, que faziam dela um exemplo de virtude e beleza junto dos habitantes. 
Viveu no tempo do Imperador Romano Diocleciano, que moveu talvez a maior perseguição contra os cristãos da Igreja primitiva. A jovem Eufémia, vendo como os cristãos eram cruelmente perseguidos e torturados decidiu apresentar-se perante Prisco, o juiz da sua cidade, comunicando-lhe que também acreditava em Cristo e que era baptizada. Acabou por sofrer nas mãos deste juiz os mais cruéis tormentos incluindo a roda de fogo, na esperança de quebrar seu espírito, mas nunca negou a sua fé em Cristo. 
Acredita-se que tenha sido lançada numa arena e morta por um urso ou leão (existem várias versões incluindo uma que diz que os leões se recusaram a matá-la e teve de ser o carrasco do juiz a terminar a tarefa, mas como é de se esperar dada a época as versões são bem distintas)
Era o dia 16 de Setembro do ano 304? e para a história fica mais uma mártir. Eufémia tinha apenas 15 anos.

Santa Eufémia é considerada protectora da pele, sendo invocada pelos cristãos como auxílio para as doenças dermatológicas, principalmente a dos cravos, embora a ela recorram com os mais diversos pedidos nas horas de aflição sendo por ela atendidos, especialmente doenças cancerosas e de queda de cabelo. 

ORAÇÃO À VIRGEM E MÁRTIR SANTA EUFÉMIA
Gloriosa Santa Eufémia, com humildade e devoção vimos aos vossos pés render-vos as nossas homenagens e suplicar-vos que diante de Deus intercedais por nós a fim de que a nossa fraqueza se converta em força, a nossa doença se transforme em saúde, o nosso defeito se mude em virtude, a nossa tibieza se transforme em fervor pela imitação de vossa vida heróica que vos fez mártir na terra e feliz na eternidade.
Milagrosa Santa Eufémia, ajudai-nos a ser sempre verdadeiras testemunhas de Jesus Cristo, seguindo o exemplo do teu martírio e concedei-nos as graças que insistentemente vos pedimos.





terça-feira, 3 de novembro de 2015

Divulgação - A Revolução da Mulher das Pevides de Isabel Ricardo


Já ouviram a expressão popular “A revolução da mulher das Pevides”?

Acredito que a maioria não conheça até por se tratar de uma expressão específica de um local. Eu era um desses casos até me cruzar com mais um livro da talentosa Isabel Ricardo.

Isabel Ricardo viveu parte da sua vida na Nazaré e sempre se interessou pelo seu passado histórico e foi lá que um dia ouviu esta expressão. Utilizada quando se pretende dizer que algo é insignificante, alude ao facto da população deste lugar, apenas armada de paus, pedras e da sua coragem, se ter revoltado contra os soldados franceses, conseguindo derrotá-los e expulsá-los. Embora a expressão tenha essa intenção, a atitude do povo nazareno, foi tudo menos isso.



Chancela: Saida de Emergência

Coleção: A História de Portugal em Romances

Data 1ª Edição: 06/11/2015

ISBN: 9789896378554

Nº de Páginas: 544

Dimensões: [160x230]mm

Encadernação: Capa Mole




Sinopse:
Os exércitos de Napoleão ocupavam Portugal. Uma mulher, armada apenas da sua beleza e argúcia, vai despoletar a revolução para os expulsar 

Perante os canhões e as balas dos exércitos franceses, Ana Luzindra só tinha uma arma: a sua beleza. Mas a beleza também pode ser mortal.

A Revolução da Mulher das Pevides transporta-nos para os anos de terror das invasões francesas. A morte e a crueldade marchavam lado a lado com os exércitos veteranos de Napoleão. E enquanto a Família Real fugia para o Brasil, o povo ficava para suportar todo o tipo de humilhações.
Na vila da Nazaré, Ana Luzindra é parteira de profissão e uma mulher simples. Para fazer frente aos canhões e balas dos franceses só tem uma arma: a sua estonteante beleza. Atraindo-os, um a um, para a morte na calada da noite, a jovem inspira toda uma comunidade e pegar em pedras e paus para expulsar os invasores.
A Revolução da Mulher das Pevides, expressão da Nazaré que significa “algo insignificante”, foi tudo menos isso: pelo sobressalto que pregou aos franceses, e pela posterior vingança desproporcionada que estes praticaram sobre a Nazaré, acabou por ser um dos momentos mais importantes da invasão, e inspiraria o longo e árduo caminho dos portugueses e aliados até à derradeira vitória sobre as tropas do temível Napoleão.

Recorrendo a uma pesquisa exaustiva, Isabel Ricardo oferece-nos um bilhete para um dos períodos mais importantes da História de Portugal.

O povo lutou com bravura durante as Invasões Napoleónicas e a sua atitude foi crucial em certos momentos. Lutou com todas as armas que tinha e para a história ficam feitos incríveis de homem e mulheres do povo que tudo deram e fizeram para proteger a sua vida e a sua pátria. 

É com a “A Revolução da Mulher das Pevides” e com a Isabel que este mês vos convido a fazer uma viagem ao passado, para conhecer mais algumas das personagens que fizeram história e que raramente nos são faladas nos manuais da escola. 
Tal como em O último Conjurado, é-nos reservada uma aventura apaixonante, cheia de personagens cativantes e baseada em factos históricos, fruto de uma intensiva e dedicada pesquisa feita pela autora. 

Este livro tem lançamento marcado para dia 6 de novembro e estará disponível em qualquer livraria, por isso não há desculpas.

Leiam romance histórico, leiam autores portugueses, mas sobretudo leiam!

Boas leituras!


terça-feira, 13 de outubro de 2015

Canções com história #6 - Rainha Santa de Alfredo Marceneiro


“Deus tornou-me rainha para me dar meios de fazer esmolas”

No canções com história de hoje, trago-vos Dona Isabel de Aragão, a nossa Rainha Santa Isabel ou simplesmente Rainha Santa.

  Isabel de Aragão, filha de Pedro III (O Grande), rei de Aragão e de D. Constância de Navarra, terá nascido por volta de 1270, na cidade de Saragoça. Detentora de uma enorme beleza, muitos príncipes se apresentavam a seu pai como pretendentes à mão de sua filha mas os pais escolheram D. Dinis, herdeiro do trono de Portugal, pois era o mais dotado de todos e o mais próximo.  
A 11 de Fevereiro de 1282, casa por procuração e mais tarde chega a Portugal para consumar o matrimónio na bela vila de Trancoso a 26 de junho desse ano. Nos primeiros tempos de casada acompanhava o marido nas suas deslocações pelo País e conquistava a simpatia do povo. Os Reis tiveram dois filhos: D. Constância (futura Rainha de Castela) e D. Afonso (herdeiro do trono de Portugal). 
  A bondade da rainha não tinha limites e apesar da relação com o marido não ser a melhor por este lhe ser infiel, perdoava-o sempre e acabou por criar também com muito carinho os seus filhos ilegítimos. 
  Considerada uma mulher cheia de devoção, bondade e humildade, buscou sempre a reconciliação e a paz entre as pessoas, as famílias e as nações. “Deus tornou-me rainha para me dar meios de fazer esmolas”, eram palavras da rainha e os seus actos, vestindo e alimentando os pobres e dedicando-se às obras religiosas. Após o falecimento de seu marido, em 1325, D. Isabel recolheu-se no Convento de Santa Clara-a-Velha, que ela havia fundado, em Coimbra.
  Em Junho de 1336, com 65 anos, partiu de Coimbra com destino ao Castelo de Estremoz, para apaziguar o conflito de seu filho, Afonso IV, com o genro devido aos maus tratos que este aplicava na esposa (D. Maria, filha de Afonso IV) pois previa-se uma nova guerra. Chega ao Castelo de Estremoz, cansada e cheia de febre. Morre passados alguns dias, afectada pela peste, a de 4 de Julho de 1336, deixando um exemplo de vida e devoção. 
  Após falecer, e tendo deixado escrito em testamento o desejo de ser sepultada no Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, foi levada para Coimbra. Reza a lenda que ao longo de todo o percurso os seu corpo nunca deitou mau cheiro e no ar se sentia um cheiro perfumado de rosas. 
  Foi criada à sua volta uma lenda de santidade, devido aos diversos milagres atribuídos. Foi Beatificada em 1516, pelo Papa Leão X e canonizada a Santa, pelo Papa Urbano VIII, em 1625, ficando popularmente conhecida como Rainha Santa. É padroeira da cidade de Coimbra e o feriado municipal coincide com o 4 de Julho. 
  D. Isabel é a rainha mais querida pelo povo e são inúmeras as homenagens, festas e dedicatórias que lhe são atribuídas. Exemplo disso é o fado que vos trago.

“RAINHA SANTA”



Não sabes Tricana linda
Porque chora quando canta
O rouxinol no choupal
É porque ele chora ainda
P'la Rainha mais Santa
Das Santas de Portugal

Rainha, que mais reinou
Nos corações da pobreza
Que no faustoso paço
Milagreira portuguesa
Que no seu alvo regaço
Pão em rosas transformou

E as lindas rosas geradas
Por um milagre fremente
Que a Santa Rainha fez
Viverão acarinhadas
Com amor eternamente
No coração português

Santa Isabel, se algum dia
Seu nome de eras famosas
Fosse esquecido afinal,
Outro milagre faria
De nunca mais haver rosas
Nos jardins de Portugal.


Letra de Henrique Rêgo e música do fadista Alfredo Marceneiro, Rainha Santa é um fado que o próprio lhe dedicou e interpretou. 
Alfredo Marceneiro (29 de fevereiro de 1888 – 26 de junho de 1982) é outro personagem histórico do nosso panorama nacional que vai merecer destaque aqui no blogue. Irei dedicar uma mensagem só a ele, como merece. Grande fadista, compositor e vaidoso lisboeta viveu o fado e deixou-nos um grande legado como os considerados Fados Tradicionais.

Espero que gostem e fico à espera de sugestões!


domingo, 11 de outubro de 2015

Opinião - O que é o quê de Dave Aggers

Este livro é o relato emotivo da minha vida: desde a altura em que fui separado da minha família em Marial Bai, abarcando os treze anos que passei em campos de refugiados etíopes e quenianos, até ao meu encontro com a cultura ocidental.
Era apenas um rapaz quando a guerra civil sudanesa começou, uma guerra que matou dois milhões e meio de pessoas. Sobrevivi atravessando muitas paisagens rigorosas ao mesmo tempo que era bombardeado pelas forças aéreas sudanesas, me esquivava a minas terrestres, era perseguido por animais selvagens e assassinos humanos. Alimentava-me do que colhia e, durante dias seguidos, não comi nada. As dificuldades eram insuportáveis. Tentei tirar a minha própria vida. Muitos dos meus amigos e milhares dos meus conterrâneos não sobreviveram a estas tribulações.
Este livro nasceu do desejo por parte do autor e meu de estender a mão a outros e ajudá-los a compreender as atrocidades que os governos do Sudão cometeram antes e durante a guerra civil. Com esse objectivo contei a minha história ao autor. Ele engendrou então este romance, aproximando a voz do narrador da minha própria voz e usando os acontecimentos da minha vida como base. Uma vez que muitas das passagens são ficcionais, o resultado toma o nome de romance.
Valentino Achak Deng

Esta é a história de Valentino Achak Deng, que como muitos africanos para fugir à morte e em busca de sonhos fazem viagens inimagináveis.

Sinopse:
Esta é a história da extraordinária capacidade de um rapaz para suportar atrocidade atrás de atrocidade e ainda assim recusar-se a abandonar a decência, a amabilidade e a esperança de encontrar um lar e uma vida digna.


“O que quer que faça, seja como for que encontre uma forma de viver, contarei estas histórias. Falei com cada pessoa que encontrei nestes últimos e difíceis dias e com cada pessoa que entrou neste clube durante estas terríveis horas matutinas, porque fazer outra coisa que não isto seria algo menos que humano. Falo com estas pessoas e falo consigo porque não consigo evitá-lo. Dá-me força, uma força quase inacreditável, saber que está aí. Cobiço os seus olhos, os seus ouvidos, o espaço entre nós. Como somos abençoados por nos termos um ao outro! Eu estou vivo e você está vivo, por isso temos de encher o ar com as nossas palavras. Fá-lo-ei hoje, amanhã, cada dia que Deus me leve até ele. Contarei histórias que outras pessoas escutarão e a pessoas que não querem escutar, a pessoas que me procuram e àquelas que fogem de mim. E durante todo esse tempo saberei que está aí. Como posso fazer de conta que não existe? Seria quase tão impossível como você fazer de conta que eu não existo.”

Começo por utilizar as últimas palavras deste livro, por resumirem de uma forma quase poética o essencial deste e de outros livros, que é contar histórias. Dar-nos a conhecer outras culturas, outros lugares e outros pontos de vista.
Este traz-nos o ponto de vista de um sudanês adulto refugiado nos EUA, sobre o choque cultural e das dificuldades de integração na nova sociedade. Mas a sua história começa muito antes, na sua infância com a perda dos seus pais, da sua aldeia e com a fuga para salvar a sua própria vida.
Numa altura em que somos bombardeados todos os dias na televisão e nas redes sociais com a questão dos refugiados, este e outros livros podem ajuda-nos a ter uma perspectiva do outro lado da história. E todos sabemos que para se fazerem boas escolhas temos de conseguir ver as duas partes. Por isso leiam e façam as vossas escolhas!

Opinião de Margarida Ribeiro.

Espero que tenham ficado tão entusiasmados para ler como eu. A Margarida tem-me falado de forma tão entusiasmada deste livro, que é impossível não ter vontade de ler. É uma edição de 2009 e penso que não será fácil encontrar, mas se o encontrarem apostem nele, pois trata-se uma história incrível e inspiradora e um tema bastante actual. É um romance porque tem algumas passagens ficcionais, mas baseia-se num relato verídico. É uma história que nos vai fazer pensar.

Boas leituras

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Últimas aquisições - compras e parceria

"(...)o escritor tem um valor atribuído pelos outros, variável de pessoa para pessoa. E sempre sempre diferente do que pensa o próprio. Nada a fazer, claro, a não ser esperar. Esperar que o leitor nos perceba e se perceba melhor através de nós. Não sabemos quem, não sabemos como, nunca saberemos."
Por instinto, Rita Ferro


Olá!
Hoje venho falar-vos das aquisições dos últimos meses, compras, ofertas e parceria. 

A única parceria que mantenho é com a Chiado Editora. Não tenho pedido muitos livros pois o tempo para ler não tem sido muito, mas as últimas escolhas foram muito bem pensadas. 

Parceria com a Chiado Editora

Sinopse: 
Seu Moço, é uma parte de todos nós. Dizem por aí que são conselhos, terapia, poesia, afago pra alma, pílulas de delicadeza...
No fundo, são apenas conversas despretensiosas – daquelas na rede da varanda, com uma xícara de café fresquinho e uma brisa boa nos acariciando o rosto - entre aqueles que estão aprendendo a viver.
A vida fica muito mais bonita quando temos companhia. Junte-se você também a nós.
 
Livro escrito pela linda vloguer Patricia Pirota. Adorei e é um orgulho ter este livro comigo. Lido e com opinião aqui


Sinopse:
Aquele que ousa esquecer a sua história, arrisca-se a vivê-la de novo.
Auschwitz era uma cerca de metal ondulando na brisa, era um piano que tocava num tremor desalmado pelas cordas de arame farpado...milhares de claves que me amoleciam o espírito, que me levavam à depressão. As barracas e o sonho da minha infância, levado por Karol e Dragomir.
(Henryk) – “Sobibor? Que lugar é esse? Porquê? O que têm aquelas árvores?”
(Isaac) – “Falta quem lhes dê música. Falta quem as habite. Quem lhes dê vida e movimento.”
(Henryk) – “Mas, não há pássaros, aqui?!”
(Isaac) – “Não, filho! E é por isso que eu sei, e que eu tenho a certeza, que não estamos em Auschwitz, mas sim, num outro lugar chamado Sobibor. E é por isso que eu sei que tudo isto tem importância, que tudo isto irá ser lembrado, um dia!"
(Henryk) – “Não há aves em Sobibor?”
(Isaac) – “Não, Henryk. Não há aves em Sobibor...”
A neblina matinal que tarda em desaparecer, os telhados negros, os gorros siberianos, a ausência de natureza, o barulho ensurdecedor das máquinas, as malas dos ciganos na linha do comboio, a primeira cortina de ferro da história da humanidade. O enforcado que subia ao altar, a filha de Rudolf Höss a brincar no alpendre, a marcha dos soldados, as saudações, e tu, Europa, minha bela Europa, que me tocas, que me carregas, que me trazes protegido sob as lonas deste jipe furtivo da Wehrmacht. Talvez, por sorte, talvez, por pouco tempo, fosse possível prolongar aquele diálogo interrompido, lá longe, ainda lá fora, em pleno campo de extermínio de Sobibor.
(Isaac) – “Então, meninos! Querem saber qual é o meu segundo sonho?”
(Erek) – “Porque não usa uma estrela amarela, como nós? Em vez disso, porque tem um triângulo vermelho virado ao contrário?
(Iwona) – “Deixa comigo. Eu depois explico-te.”

Este é o segundo livro de João Carlos Máximo, um jovem residente em Unhais da Serra, bem pertinho de da minha aldeia. 
Não há aves em Sobibor, está a ser um sucesso de vendas e chegou a ocupar o primeiro lugar no top de vendas da livraria Bertrand, disputando o lugar neste momento com Pedro Chagas Freitas. 
Neste momento estou a ler Para sempre Carcóvia, o primeiro do autor e está a ser uma agradável surpresa. Espero gostar de ambos.

Oferta


Sinopse:
Tentando desvendar os mistérios do amor, temos o mórbido prazer de lançar uns cépticos raios no dia mais meloso do ano.
Quando a alma de um camionista se apodera do corpo de uma princesa, dá uma LADY MUSTACHE. E quando essa mesma alma de camionista dá boleia a uma outra alminha penada, junta-se uma SARA-A-DIAS.
Unidas, preparam-se para agitar o dia dos namorados. Este livro irá colocar à prova qualquer relação.

Uma leitura com bolinha vermelha, com muita ordinarice e humor. Opinião aqui.

Compras

Sinopse
Com Bukowski, não há meio-termo: ou se ama ou se odeia. Estas histórias, inspiradas na sua própria vida, são tão selvagens e inusitadas quanto as histórias dos seus romances. Bukowski foi uma lenda no seu tempo. Louco, recluso, amante. Afável e mesquinho. Lúcido e insano. Sempre inesperado. Estas histórias excepcionais vêm directas do âmago de uma vida, a que viveu, marcada pela violência e pela depravação. Histórias de liberdade, tão profanas quanto sagradas. Da prostituição à música clássica, Bukowski faz, nestas Histórias de Loucura Normal, um retrato irado, apesar de terno, bem-humorado e inquietante, da vida marginal de Los Angeles, uma realidade obscura e perigosa que emoldurou a vida de um dos maiores autores de culto do século XX. Histórias, afinal, da loucura que espreita dentro de cada um de nós, que faz do corpo uma marioneta e que não desaparece senão com a morte.
«Um agitador profissional…representante da marginalidade de Los Angeles…

Leitura em curso. Apenas posso dizer ainda que quero todos os livros que encontras de Charles Bukowski.

Sinopse
Correios, o primeiro romance de Bukowski, é baseado na sua experiência como empregado dos Serviços Postais dos Estados Unidos ao longo de uma década, e foi publicado num momento em que o seu nome ascendia ao plano do reconhecimento literário universal. 
Ponto de partida ideal para qualquer leitor que se queira iniciar na prolífica obra de Bukowski, encontramos em Correios as qualidades dos seus restantes trabalhos. Repleto de cenas hilariantes, este romance é também um retrato fiel das frustrações de um funcionário público sofredor. 
As suas personagens, entre a ficção e a realidade, captam a essência e a universalidade do ser humano e nós, leitores, continuaremos a topar, em Bukowski, com bebedeiras, mulheres, zaragatas, eventuais rebates de consciência, enfim, com os trambolhões da vida.

Um livro sensacional. Ainda não falei deste autor aqui no blogue, mas merece um grande destaque sem dúvida nenhuma. É neste momento o meu autor favorito. Bukowski retrata o lado escuro da sociedade, numa linguagem muito clara e pessoal, com muito calão mas muito verdadeira o que me agrada bastante. São relatos de um velho safado, muito safado mesmo. 


Sinopse
Em O Lustre, de 1946, Virgínia mantém um relacionamento incestuoso com o irmão, Daniel, com quem faz reuniões secretas em que experimentam verdades, na condição de iniciados especiais. Os protagonistas Virgínia e Daniel fazem experiência com o mal, ora como agentes (beneficiários), ora como vítimas. Nas brincadeiras de infância entre os dois irmãos, o menino exercita sua maldade com jogos perversos que denunciam o abuso do poder de que se sabe possuidor. Virgínia é o instrumento de obtenção daquele prazer que no romance anterior parecia poder levar ao êxtase a jovem Joana: a fascinação pelo mal, o prazer advindo da percepção - e, neste caso, do uso - da inerente maldade humana. Para o menino, o mal metamorfoseia-se em perversidade, exige relação, necessita de um outro para se completar: pratica o mal pelo mal, convertendo-se o meio em fim.

Clarice parece ter sempre algo a dizer-me. Conheço mais a autora do que a obra e está na altura de pegar nos seus livros e conhecer a fundo esta mulher tão misteriosa e com a qual me identifico de certa forma. 

Sinopse
Nada a fazer. Nada a fazer contar este estigma que nos persegue e que as crónicas demonstram melhor do que os livros: o escritor tem um valor atribuído pelos outros, variável de pessoa para pessoa. E sempre sempre diferente do que pensa o próprio. Nada a fazer, claro, a não ser esperar. Esperar que o leitor nos perceba e se perceba melhor através de nós. Não sabemos quem, não sabemos como, nunca saberemos. Alguém qualquer dia e já não é mau.

Sinopse
Depois de O que Diz Molero, de Diniz Machado, e da Crónica dos Bons Malandros, de Mário Zambujal, Uma Mulher não Chora, de Rita Fer ro, foi o terceiro grande best-seller português e o primeiro assinado por uma mulher. Conta a história de uma mulher pós-feminista - livre, independente, emancipada - às voltas com a ambivalência da sua condição: de um lado, o sonho romântico e o fantasma da solidã o; do outro, o orgulho e a exigência de quem pode, finalmente, escolher, ou para quem a dignidade se tornou mais imperativa do que a companhia de um homem. Uma clivagem dolorosa, que toda a mulher divorciada, ou casada segunda vez, conhece intimamente.

Estes dois livros de Rita Ferro comprei em Óbidos no Mercado Biológico. Sim, leram bem, em Óbidos é possível comprar livros num mercado/frutaria. É simplesmente mágico entra naquele local e impossível não ficar maravilhado com a quantidade de livros antigos e em várias línguas que existem ali. 
Óbidos é um local mágico e vale a pena uma visita em qualquer altura do ano.


E são estes os meus novos livros. Estou cada vez mais orgulhosa da minha pequena biblioteca.
E vocês conhecem alguns destes livros? Quais as vossas últimas compras? 
Beijinho e boas leituras

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Clássicos para o inverno todo

Quem me segue atentamente aqui já sabe que gosto muito de ler clássicos, principalmente os portugueses. Ainda assim, consegui falhar o único desafio a que me propus este ano, ler um clássico por mês. Não foi por falta de tempo ou falta de livros, foi mesmo preguiça e desinteresse.
Não tem sido um grande ano no que toca a leituras, mas mesmo assim não paro de pensar e falar em livros. E como tenho os melhores amigos do mundo, sempre atentos, não me vão faltar clássicos neste inverno ( e primavera, e verão, e outono, e inverno, e...). 
Tenho a casa recheada de clássicos =)


Recebi (emprestado) de uma amiga uma sacada de livros! É bom saber que há quem não quer que nos falte nada :p 
E a confiança?? Eu, a acumuladora de livros emprestado. Juro ler tudo e devolver no próximo ano (ou no seguinte...) ;)

Eça de Queirós - Os Maias
Franz Kafka - O processo
F. Skott Fitzgerald - O grande Gatsby
Fiodor Dostoievsky -  O jogador
Oscar Wilde -  O retrato de Dorian Gray
Jonathan Swift - As viagens de Gulliver
Ruth Rendell - A mulher com véu
Gabriel Garcia Marquez - Ninguém escreve ao coronel
Lewis Carrol - Alice no país das maravilhas
William Shakespeare - Romeu e Julieta
P.D.James - Murtalha para uma enfermeira
Peter Cheyney - Este homem é perigoso
Mary Higgins Clark - A clínica do terror
Fernando Pessoa - O livro do desassossego
Marguerite Yourcenar - Como a água que corre
Henry Miller - Trópico de capricórnio
José Saramago - Memorial do convento
Milan Kundera - A insustentável leveza do ser  
Tom Wolfe - A fogueira das vaidades
Gabriel Garcia Marquez - Cem anos de solidão


Obrigado!!! <3


Já leram algum destes livros? Por onde começo? Quais gostaram mais o odiaram? 
Contem-me tudo! 
Beijinho e boas leituras






segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Opinião - puta que pariu o amor de Lady Mustache e Sara-a-dias

"Quando a alma de um camionista se apodera do corpo de uma princesa, dá nisto"

Nisto o quê? Perguntas tu... 
Umas belas gargalhadas!!!

Para quem ainda não sabe sou uma pessoa de sorriso fácil apesar do "mau feitio" e sou muito fã de humor, todo tipo de humor incluindo o humor negro. 
Embora a tendência seja para dizer que há coisas com que não se brinca eu acho que o ser humano deve ter capacidade para rir de tudo e não levar uma piada, mesmo que nos toque de certa forma, como uma ofensa pessoal. Não quero discutir aqui limites para o humor mas quem não riu já com uma piada sobre mortes ou doenças, ou outro assunto "sério".
Não tenho vergonha de assumir que me divirto com algumas piadas de "mau gosto"... depois no fim fico em silêncio e com ar de criança que acabou de dizer um palavrão e tem 50 olhos reprovadores em cima, mas acontece e o humor existe para tocar nas feridas e nos assuntos tabus. Serve para nos chocar e entreter e não deve ser levado a peito. 

Lady Mustache é uma das personagens que mais me diverte e choca no Facebook. Conheci a Lady Mustache na mítica Prova Oral, programa da Antena 3 apresentado por Fernando Alvim quando esta foi convidada a apresentar o seu livro com a Sara-a-dias (ilustradora). Foi dos programas que mais me fez rir. Gosto de ouvir uma mulher falar de tudo sem papas na lingua, a chamar as coisas pelos nomes e sem medo de dizer palavrões. ( ok, com isto perdi mais alguns seguidores, mas os que ficam são os melhores \o/ adoro-vos!!) Também os digo, também sou desbocada, mas sei o meu lugar e não ofendo ninguém.

E se não tens problemas com linguagem obscena e verdades esfregadas na cara este livro é uma boa aposta para ti.

Lady Mustache com a colaboração Sara-a-dias lançou um livro com uma temática que nos toca a todos, o AMOR... esse sentimento cheio de mel e fel que nos deixa a todos... estúpidos??? 


Este pequeno livro editado em fevereiro de 2014, está cheio de pequenas observações sobre o amor, relações amorosas e seu intervenientes. 
Com uma linguagem não aconselhada aos mais sensíveis Lady Mustache mostra-nos o lado mais negro e verdadeiro deste sentimento que é capaz de nos deixar completamente irracionais. O amor, é estúpido, é fodido, é um vicio, é piroso, é cego, é cobardia e é mentiroso e todos estamos sujeitos a provar deste veneno, com consequências para a vida inteira. 

É um livro para ler numa tarde de mau humor, é remédio para a tristeza e acredito que seja capaz de tirar algumas alminhas do armário. 

Adorei ler, já o esperava há uns meses e não me desiludiu nada. Isto é Lady Mustache! 
As ilustrações de Sara-a-dias fazem todo o sentido e são igualmente divertidas. 



Divirtam-se e boas leituras!!





quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Opinião - Não queiras ser perfeita de Jessica Athayde

"Acredito que podemos fazer muito por nós se tivermos atenção àquilo que comemos, se tratarmos do nosso bem-estar, sem nos esquecermos de sermos felizes. Neste livro partilho as minhas escolhas, o meu caminho, aquilo que resulta comigo. E que espero que faça sentido também para ti."

Sinopse:
Aos 24 anos, depois de ter chegado ao meu limite e ter acabado num hospital, decidi fazer as pazes com o meu corpo e reaprender tudo o que sabia sobre alimentação, exercício físico e saúde emocional. Decidi mudar e optei por tornar-me mais saudável e forte, pois isso só depende de mim. No entanto ser saudável não é sinónimo de 0% de gordura, abdominais definidos ou um peso-pluma, mas antes de um corpo forte e nutrido, que cuidamos e respeitamos, independentemente da sua forma. Descobri o poder dos alimentos e dos super-alimentos, o que os sumos verdes, a dança, a meditação ou os amigos podem fazer por mim. Se por um lado somos o que comemos, a verdade é que o corpo reflete o grau de movimento que lhe oferecemos. 

Depois de ter começado a ouvi-lo e a dar-lhe o que me pedia ganhei uma auto-estima que desconhecia. Mas sermos responsáveis pela nossa saúde física e mental não é só comer bem e mexer o corpo; é cuidarmos dos nossos pensamentos, do nosso coração e da forma como eles se alinham. “Não queiras ser perfeita, mas faz o melhor por ti…” é um dos meus lemas de vida, uma frase que repito constantemente. Acredito que podemos fazer muito por nós se tivermos atenção àquilo que comemos, se tratarmos do nosso bem-estar, sem nos esquecermos de sermos felizes. Neste livro partilho as minhas escolhas, o meu caminho, aquilo que resulta comigo. E que espero que faça sentido também para ti.

Opinião:
Este é daqueles livros que me chegam na altura perfeita. Cansada de ver a roupa a rebentar pelas costuras, cansada da imagem que o espelho me transmitia e de me sentir pesas e triste, resolvi mudar os meus hábitos alimentares e com isso algumas rotinas diárias que só me vieram trazer mais energia e saúde.
O livro da Jessica é altamente inspirador para quem quer fazer essa mudança. Ela conta-nos de forma muito simples e descontraída como decidiu olhar mais para si e cuidar-se. Fala principalmente como consegui superar as suas crises de ansiedade que tanto a perturbavam no seu dia a dia. 
Fazer as pazes com o nosso corpo trás-nos leveza e alegria e mudar para um estilo mais saudável não é assim tão difícil, basta ser mais forte do que a vontade de desistir.
O texto vem acompanhado de receitas e truques que resultam com ela e tem um capítulo dedicado aos tão falados superalimentos. Esteticamente é um livro bonito, cheio de fotos dela, algo que me agradou bastante porque simpatizo com ela há bastante tempo.
Gostei muito de ler este livro, não quero ser perfeita mas faço o melhor por mim e tem resultado, retirei alguns conselhos e de vez em quando ainda espreito algumas páginas. Façam a mousse de chocolate, eu experimentei e gostei =)

Já alguém leu? 

Beijinho e boas leituras!!



sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Opinião - Seu Moço de Patrícia Pirota

"Esse livro é dedicado a todas aqueles que, como o Seu Moço, às vezes precisam de alguém para lhes lembrar de que a força que tanto procuram está dentro de si mesmos."

É assim que Patrícia Pirota "professora por formação e de coração, blogueira por acaso, youtuber desastrada, tuiteira e instagrammer entusiasmada" nos apresenta Seu Moço, o seu primeiro livro editado.

Sinopse:

Seu Moço, é uma parte de todos nós. Dizem por aí que são conselhos, terapia, poesia, afago pra alma, pílulas de delicadeza...
No fundo, são apenas conversas despretensiosas – daquelas na rede da varanda, com uma xícara de café fresquinho e uma brisa boa nos acariciando o rosto - entre aqueles que estão aprendendo a viver.
A vida fica muito mais bonita quando temos companhia. Junte-se você também a nós.

Seu Moço, começou por aparecer na forma de Tweets, pensamentos, que a Patrícia partilhava no seu Twitter pessoal e mais tarde levou para o Instagram. Seu Moço foi ganhando vida e rosto, e com o tempo tornou-se poesia que agora se encontra reunida neste livro.

Foi no Instagram que conheci o Seu Moço. Seguidora atenta da Patrícia Pirota, a youtuber e bloguer que me fez criar o meu próprio blog e apaixonar pela literatura, estava sempre à espera de novas partilhas e quando surgiram os primeiros textos fui logo cativada. Identifiquei-me com aquelas palavras e de certa forma reconfortavam-me. 

"Seu Moço,
Um dia ruim não justifica uma vida ruim.
O tempo é cortado em retalhos pra que a gente possa costurar só aqueles que nos fazem bem."

Patrícia Pirota:Nascida em 1982, em Dourados-MS, Brasil, aprendeu desde cedo que é necessário olhar a vida com os olhos coloridos de poesia, e que as palavras podem ser nossa salvação.
Descobriu-se escritora quando a sua voz e sua coragem não se fizeram suficientes. Escreve por amor e por necessidade de botar a alma pra passear.
Professora por formação e de coração, blogueira por acaso, youtuber desastrada, tuiteira e instagrammer entusiasmada, compartilha na rede seus sentimentos, pensamentos e, principalmente, seu amor pela palavra, pela Literatura e pelas Histórias em Quadrinhos.

Seu Moço por Patrícia Pirota

Este é daqueles livros que fechamos com um sorriso no rosto, daqueles que deixamos na mesinha de cabeceira para abrir ao acaso antes de deitar e nos aconselhar-mos... e fazer as pazes com a vida.
Não percam! 

Boas leituras =)