domingo, 8 de maio de 2016

Rádio e Podcast, o meu vício mais recente

Oi tudo bem?

Ando sumida para variar, mas hoje quero partilhar convosco o meu novo vício. 
Já devo ter falado algures por aqui que adoro ouvir rádio. A televisão não me prende e mesmo em casa prefiro fazer todas as minhas tarefas a ouvir rádio. O fim de tarde é passado quase religiosamente na companhia do Fernando Alvim com a Prova Oral na Antena 3 às 19:00, programa responsável por várias das minhas compras de livros. Sou muito fã do Alvim há muitos anos e é muito por culpa dele que desenvolvi o gosto pelos programas de rádio e pelos livros.

A Antena 3 é sem dúvida a rádio nacional que passa a melhor música, mas são os programas de autor, com entrevistas, conversas, interesses, etc. que prendem a minha atenção. No inicio ouvia apenas os programas da manhã, saltitava entre a Antena 3 e a Comercial sempre à procura do humor e à tarde e fins de semana ouvia os outros programas; Alvinex, entrevistas com o Alvim; Nuno e Nando,com Markl e Alvim; Conversa de Raparigas, com Rita Ferro, Ana Coelho e Rita Matos à conversa com Mónica Mendes ( fiquei muito fã da Rita :) ) e mais recentemente Fora do 5, com os loucos Pedro Fernandes, António Raminhos e Luís Filipe Borges, o programa mais louco e moralmente incorrecto de sempre... vou ter saudades.

Para além destes programas há outros na Antena 2 que tento sempre ouvir, sobre história, livros, cultura em geral, ciência, etc.. Todos os que me possam entreter e cultivar são bem aceites e grande parte da minha cultura vem dos programas de rádio que oiço. Não consigo passar um dia sem ouvir, pois tornou-se a minha fonte de informação, cultura e entretenimento e em algumas ocasiões a minha terapia. 
Os programas de rádio são a cura para todos os males e é só escolher! 

Bem...! O texto já vai longo e ainda não falei do mais importante, os PODCAST's.

Segundo a tia Wikipédia Podcast é o nome dado ao arquivo de áudio digital, frequentemente em formato MP3 ou AAC (este último pode conter imagens estáticas e links), publicado através de podcasting na internet e atualizado via RSS. Também pode se referir a série de episódios de algum programa quanto à forma em que este é distribuído.

Em Portugal as rádios demoraram algum tempo a explorar as vantagens desta tecnologia. Os podcast's trouxeram-nos a possibilidade de ouvir os nossos programas favoritos mais tarde online ou fazer o download para ouvir quando nos der jeito. Anda cheguei a passar para o leitor de mp3 (antes dos smartphones) programas da Antena 3 e Antena 2 que me faziam companhia ao longo do dia mas depois deixei de conseguir e acabei por deixar de ouvir. Andei bastantes meses sem procurar podcast's e a tentar ouvir os programas a horas até descobrir a aplicação Podcast Adict.


Neste caso já fui eu a chegar atrasada, mas foi a melhor descoberta dos últimos tempos. Estava a passar por uma crise emocional e precisava de tudo menos estar em silêncio ou ouvir músicas que me fizessem pensar. OBRIGADO RÁDIO E INTERNET por me ajudarem a manter a sanidade mental. A "Raparigas" os loucos do Fora do 5 foram a minha âncora :P 

O mais fantástico destes arquivos é que não se resumem a programas de rádio. Qualquer pessoa com equipamento minimamente de qualidade consegue fazer os seu próprios programas e as rádios que se cuidem e estejam atentas porque ou se deixam ultrapassar ou aproveitam para ser parceiras porque começam a surgir programas de muita qualidade como é o caso de Brandos Costumes.

"Um programa quinzenal onde Pedro Paulos explora ao longo de uma hora os caminhos menos percorridos da música portuguesa. Quer seja em entrevistas, reportagens ou crónicas, fala-se das músicas que podiam ter sido hits, dos artistas que poderiam ter tido carreiras bem diferentes e especula-se sobre o futuro."

Estou completamente fascinada com este programa. É viajar para outro tempo, não muitas décadas, mas para uma realidade completamente diferente em que o nosso país se transformava completamente. É um programa sobre música que aconselho toda a gente a ouvir e podem crer que vai haver mensagem completamente dedicada ao Brandos Costumes.
Pedro Paulos tem também com Fernando Alvim e Nuno Dias um programa chamado Obrigado, internet e é o meu novo vício. Não há memória e bateria que resista mas eu não consigo deixar de ouvir, por isso vou aproveitar o arquivo enquanto houver episódios antigos.

Esta são alguns dos programas que oiço. Faltam alguns da Antena 2 que oiço directamente do Rtp play. 

E vocês já aderiram a estas novas tecnologias? Quais os vossos programas favoritos? O que me aconselham? 
Contem-me tudo! 
E oiçam o Alvim que é o maior *****


segunda-feira, 4 de abril de 2016

Opinião - Uma mulher não chora de Rita Ferro


"Nunca se ama como nas histórias: nus e para sempre.
Amar é lutar constantemente contra milhares de forças escondidas que vêm de nós ou do mundo. Contra outros homens. Contra outras mulheres."
Jean Anouilh

Sinopse:

"Depois de O que Diz Molero, de Diniz Machado, e da Crónica dos Bons Malandros, de Mário Zambujal, Uma Mulher não Chora, de Rita Fer ro, foi o terceiro grande best-seller português e o primeiro assinado por uma mulher. Conta a história de uma mulher pós-feminista - livre, independente, emancipada - às voltas com a ambivalência da sua condição: de um lado, o sonho romântico e o fantasma da solidã o; do outro, o orgulho e a exigência de quem pode, finalmente, escolher, ou para quem a dignidade se tornou mais imperativa do que a companhia de um homem. Uma clivagem dolorosa, que toda a mulher divorciada, ou casada segunda vez, conhece intimamente."


Este foi o primeiro livro que li da escritora Rita Ferro. Sou fã confessa da Rita Ferro, não pelos livros pois ainda não tinha lido nenhum mas pelos programas de rádio na Antena 3. Conheci-a no programa Conversas de Raparigas e ao contrário de muitos ouvintes que não gostam e a acham snob eu fiquei fã. Directa, sarcástica, divertida, espontânea, por vezes perdida nos seus pensamentos eu identifiquei-me e continuo a identificar de certa forma com ela. Claro que noutro nível social e cultural, mas com o mesmo turbilhão de pensamentos e a forma crua de ver a vida e os outros.
Tenho vários livro dela e este foi o primeiro a sair da estante. Foi um excelente inicio e confesso que este livro não podia vir em melhor altura. É um livro sobre relações humanas, sobre amor, sexo, paixão, aventuras, desilusões, perdas... tudo numa narração muito próxima do autor e de forma muito crua, sem papas na língua.

Esta é a história de Ana, uma mãe, mulher divorciada que luta pela sua estabilidade financeira e emocional e contra os seus fantasmas interiores. A sua história é cheia de encontros e desencontros e toda a sua desorganização mental e da própria vida tornam a história muito real, próxima de nós. A sua vida pessoal, amorosa e sexual é tema do livro e são histórias do dia-a-dia que podem ser as nossas ou de pessoas bem próximas.
Identifiquei-me imensas vezes nos pensamentos de Ana, sobre o amor, a aventura, os filhos... A relação dela com os filhos é tão próxima do que se vê nos dias de hoje. Criar um filho sozinha(o) é um desafio enorme que muitos que não passam por isso não conseguem entender. Precisamos de tempo para ele, para trabalhar (para que não lhe falte nada), tempo para as relações pessoais e se sobrar, tempo para nós. E quando esse tempo vêm ouve-se aquela vós a chamar por nós e só queremos desaparecer.  
E evolução da Ana ao longo do livro é muito interessante e não esperava aquele final. Foi mesmo à Rita Ferro. E já agora: li o livro inteiro com a sua voz.
Acho que este livro pode inspirar e ensinar qualquer pessoa. Todos amamos, todos erramos mas andamos todos à procura do mesmo.

Este é um livro para reler. Adorei! Pela narração, pelo tema, pela crueza com que aborda os assuntos do dia a dia, por me dizer umas verdades e por me lembrar que somos de carne e osso, que amamos, que sofremos e choramos. Sim choramos!! Mas logo a seguir limpamos as lágrimas e preparamos-nos para as próximas batalhas.
Porque a vida não é para os fracos. E uma mulher não chora!


domingo, 6 de março de 2016

Leituras e aquisições de fevereiro de 2016

Olá!

Mais uma vez andei sumida do blogue. Mais uma vez por uma boa razão; trabalho a mais. As leitura foram escassas e apenas vim para publicar um canções com história sobre Carlos Paião (podem ver aqui) que fui "obrigada" a fazer para o Jornal da Banda.  
Foi uma mês cansativo e cheio de emoções que vou digerir por algumas semanas ainda, mas espero que isso não me atrapalhe a leituras, busca pelo saber e a partilha de conhecimentos
Foi um mês de poucas leituras mas com várias aquisições por isso não se perdeu muito ;)

LEITURAS

No inicio do mês estava cheia de energia e confiante que ia cumprir o plano (aqui), mas foi impossível e apenas li dois livros.
O primeiro numa noite e o segundo arrastou-se todo mês e terminei hoje. 

Este livro incrivelmente viciante narra a história de Cecília, uma jovem que cedo descobriu o quão terríveis podem ser as pessoas mesmo aquelas que deviam proteger-nos. 
Cecília é vendia pela própria mãe a um homem completamente desumano que a torna sua escrava submetendo-a a uma vida de dor e sofrimento. É Laerte que vai fazer de tudo para libertar a pobre rapariga de tanta violência, vivendo com ela uma fuga intensa e angustiante onde a luta pela sobrevivência é uma constante.

Podem consultara a opinião completa aqui
É um livro que vale muito a pena ler.



Já há bastante tempo que andava a adiar a leitura deste livro. Já ouvi falar tão bem da Jane Austen e a curiosidade era imensa. 
Terminei o livro hoje mas como a maior parte foi lida durante o mês passado vou considerar uma leitura de fevereiro.
A opinião vou escrever em breve mas posso adiantar que gostei bastante do enredo. Jane Austen faz uma critica à sociedade da época, da importância dos estatutos, dos bons casamentos (negócios) e das aparências. A história gira à volta da família Bennet e nela encontramos personagens bem diferentes umas das outras, com feitios completamente opostos e é nas mais fúteis e irritantes que vamos ver todas aquelas preocupações com os bons casamentos. 
Este é um romance que tem como protagonistas Mr.Darcy e Elizabeth Bennet. Confesso que gostei muito da forma como se conhecem e vai surgindo o seu interesse, mas a enredo vai muito mais além do que uma simples história de amor.
Ainda estou a digerir um pouco o livro, muito por culpa de ter visto antes a série da BBC de 1995 que tem como Mr. Darcy o actor Colin Firth. Fiquei muito apaixonada e vi a série numa noite só. A série parece-me bem fiel ao livro, mas vi com muito mais entusiasmo do que li o livro mesmo estando a gostar. É possível que isso tenha influenciado a minha leitura por isso tenho de reflectir um pouco mais antes de escrever a opinião. Talvez veja a série de novo entretanto :P

Com esta leituras cumpri dois desafios do ano, ler um clássico por mês e ler pelo menos um autor português por mês.

AQUISIÇÕES

Em fevereiro juntei mais 4 livros às minhas estantes. 
Fiz a minha primeira compra do ano, que já comecei a ler e tenho muita esperança que me tire deste estado de espírito (tipo um não sei quê, estranho, uma ressaca pós semanas intensas de trabalho e novos contactos). Sou fã assumida de humor negro, daquele que até me envergonho de rir e depois de ouvir uma entrevista com Rui Sinel de Cordes para promover o seu novo livro não resisti a comprar.

Sinopse:
Os piores hábitos dos portugueses.

«O nosso objectivo era fazer o melhor que pudéssemos para caracterizar Portugal, de forma geral, em nove episódios de temas diversos. Queríamos criar uma Bíblia de costumes, tradições, taras, defeitos e manias (meti o «defeitos» ali no meio, porque ficava estranho «taras» e «manias» junto) dos portugueses. Não seremos nós a dizer se conseguimos ou não. Resta-nos a glória de podermos afirmar que tudo o que está neste livro, aconteceu na realidade.» – Rui Sinel de Cordes

Very Typical é o livro humorístico que retrata os piores hábitos dos portugueses, dividido pelos seguintes temas: férias, noite, as dez pessoas que não deviam existir, mulheres, homens, as dez piores coisas que podem acontecer a um português, tradições, redes sociais e música.
Sempre com uma visão mordaz que choca as sensibilidades mais conservadoras, que não se inibe de exemplificar com personalidades nacionais e internacionais, Rui Sinel de Cordes retrata o povo português com a intensidade e a caricatura que o humor levado ao extremo permite. 

As restantes aquisições foram ofertas de aniversário. Podem obter mais informações sobre os livros aqui.

E o vosso mês de fevereiro como correu?
O que andaram a ler e que livros novos chegaram às vossas mãos?

Beijinhos e boas leituras ;)





terça-feira, 1 de março de 2016

Canções com história #9 - Cegonha de Carlos Paião

Já vos tinha falado do Concerto de Reis realizado pela AMDF aqui na nossa igreja e da interpretação que fizeram da música do Carlos Paião, Cegonha.


Tenho de vos confessar uma coisa: 
Eu nunca tinha ouvido esta canção...

Como é possível?!? Não sei. Mas é lamentável, sendo eu fã de Karaoke e de algumas músicas de Carlos Paião. Na verdade não conheço toda a sua discografia, mas conhecia vagamente a sua história, o triste final e a herança fantástica que nos deixou. 
Resolvi então partilhar convosco esta belíssima composição e um pouco da história do artista.

Apreciem esta introdução...

Cegonha

Olá cegonha, gosto de ti!
Há quanto tempo, te não via por aí!
Nem teus ninhos nos telhados,
Nem as asas pelo céu!
Olá cegonha! Que aconteceu?

Ainda me lembro de ouvir-te dizer,
Que tu de longe os bebés vinhas trazer!
Mas os homens vão crescendo,
E as cegonhas a morrer!
Ainda me lembro... não pode ser!

Adeus cegonha, tu vais voar!
E a gente sonha... é bom sonhar!
No teu destino, por nós traçado!
Leva o menino, que é pequenino, toma cuidado!
Adeus cegonha, adeus lembranças...
A gente sonha, como crianças!
Faz outro ninho, nos altos céus!
Vai de mansinho, mas pelo caminho, diz-nos adeus!

Adeus cegonha, tu vais voar!
E a gente sonha... é bom sonhar!
No teu destino, por nós traçado...
Leva o menino, que é pequenino, toma cuidado!
Leva o menino... mas tem cuidado!

Carlos Manuel Marques Paião nasceu em Coimbra a 1 de novembro de 1957 e foi uns dos maiores artistas de sempre do nosso panorama nacional. 
Passou toda a sua infância em Ílhavo e Cascais e licenciou-se em Medicina pela Universidade de Lisboa em 1983, mas a sua grande paixão era a música, como provam as mais de duzentas canções escritas e compostas por ele até meados de 1978. 
Acabou por se dedicar exclusivamente à música e em 1980 concorre pela primeira vez ao Festival RTP da Canção, mas é em 1981 que acaba por vencer com Playback, deixando para trás concorrentes tão fortes como as Doce e José Cid.
Durante a sua curta vida escreveu mais de trezentas canções. Trabalhou com Herman José em Hermanias e escreveu todas as canções do seu personagem “Serafim Saudade”, uma das mais populares figuras da época e escreveu também a canção não oficial da Selecção Portuguesa de Futebol de 1986, "Bamos lá, Cambada!", feita para "José Estebes", outa famosa personagem criada por Herman José
A sua criatividade não tinha limites e compôs para Amália Rodrigues, Cândida Branca Flor, Nuno da Câmara Pereira, Trio Odemira, Pedro Couceiro, etc..
Compositor, intérprete e instrumentista, Carlos Paião produziu mais de trezentas canções. Grande observador e crítico da sociedade as suas canções transmitem uma grande sensibilidade e uma alegria contagiante. Ficam para a história temas como Playback, Marcha do “pião das Nicas”, Gá-Gago, Cinderela, Pó de Arroz, entre muitas outras. 
A 26 de Agosto de 1988 com apenas 30 anos, morre num violento acidente de automóvel quando se dirigia para Penalva do Castelo para um concerto. Ao passar em Ponte de Amieira próximo de Rio Maior, um veículo pesado pára na faixa de rodagem e outro pesado que vinha atrás ao desviar-se choca de frente com a carrinha onde Carlos Paião ia.
A sua morte viria a tornar-se um mito urbano. Gerou-se um boato que não estaria morto na altura do seu funeral, mas sim em coma, tendo sido enterrado vivo. Este boato surgiu quando se fez o levantamento dos seus ossos e estes estariam em posição estranha e o caixão com arranhões, porém são escassas as fontes fiáveis e a violência do acidente não permitiria a sobrevivência fosse de quem fosse, mas o boato mantém-se até aos dias de hoje.
A sua morte foi uma grande perda para a nossa música. A sua alegria, talento, dedicação e companheirismo marcaram a sua passagem. 







Partiu cedo de mais, mas será para sempre recordado!

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

30º aniversário e novas aquisições literárias

Olá!

Há uns dia que não passava por aqui e confesso que já tinha saudades de escrever. Estes dias tenho andado ocupada com outros assuntos e tenho lido muito pouco comparado ao mês passado. Pelo menos até à Páscoa vou andar numa azáfama, mas vou tentar arranjar sempre uns minutos para ler e tentar cumprir a minha metas.
Entretanto completei mais um aniversário e foi um dia muito especial recheado de surpresas. É sobre isso que venho falar hoje.
Completar 30 anos era algo que estava a fazer uma certa confusão. Apesar de aos 20 já ter muita responsabilidade sempre considerei que tudo ficava mais sério depois dos 30. Eu tento tranquilizar a mente e a alma e fazer-lhes ver que esta década será a melhor de todas, pois estou mais madura, segura e tranquila perante os desafios da vida e com a energia suficiente para me cuidar para viver as próximas décadas da melhor forma, mas eu sinto-me como se acabasse de entrar na terceira idade e dois dias após o meu 30º aniversário parece que já sinto umas dorzitas num ou outro osso :P. Depois também tenho aquelas pessoas simpáticas que me perguntam: "Só fizeste 30 anos??"... Oi?... Só?... aposto deve ser por ter um filho quase da minha altura... Muito obrigado

Como dizia há pouco, este dia foi muito especial e foi um dos aniversários mais tranquilos e cheios de amor de sempre. Comecei o dia bem cedo com os preparativos para o almoço que ofereci à minha família e deu-me muito gozo cozinhar para eles, foi a minha forma de gratidão por estarem sempre ao meu lado.
Depois de almoço fomos dar um passeio para aproveitar o ar puro e a brisa da serra que já começava a vestir-se de branco mas o nosso principal objectivo era visitar o membro mais novo da "família" :)
Pode parecer um pouco estranho uma vez que eu moro numa aldeia, mas eu nunca tinha visto um cabritinho tão pequeno. Bem, vejo alguns no trabalho um pouco maiores mas esses já vêm prontinhos para ir ao forno... E olhar para aquela fofura com apenas uma semana, tocar-lhe e vê-la depois a correr aos saltitos até à sua mãe fez-me sentir a pessoas mais horrível do mundo. É triste pensar no destino a que estes seres estão sujeitos.
O dia terminou com um jantar com algumas das minhas amigas. 
Foi um dia especial recheado de surpresas, com algumas prendinhas entre elas LIVROS =), um dia passado com a família e alguns amigos que não irei esquecer. Não costumo festejar sempre o aniversário e em tempos nem queria mesmo saber, achava que não valia a pena que ninguém se importava e agora vejo como estava errada. É bom perceber que amadurecemos, que levamos a vida com mais sabedoria e isso nos dá uma certa tranquilidade. É bom saber que não estou só e a todos os que tornam os meus dias mais felizes desejo o mesmo que desejam a mim. <3

Agora as prendinhas \o/
Para além de um perfume, uma carteira e uma t-shirt muito fixe recebi alguns livros.



Sinopse
Com a mestria, o rigor e o tom vivaz e irónico a que já nos habituou, Sérgio Luís de Carvalho volta a fazer história da História de Portugal, através do fulgor e fascínio que nos inspiram os grandes traidores aqui tratados.
A partir de alguns traidores - mas também de verdadeiros heróis - eis mais um delicioso périplo pela História de Portugal.


Este é um livro de crónicas e estou bastante curiosa para ler. Eu adoro a história de Portugal e quanto mais conheço mais fascinada fico. Este género de livros fazem-nos refetir bastante e ver a história com outros olhos, longe das ideias que nos são passadas na escola onde apenas nos ensinam o essencial e o que convêm. O título já me intriga uma vez que em 139 A.C. ainda não existia Portugal, mas vou ler para ver a que se referem.

Sinopse
A receita para a vida devia ser simples: amor, família, amigos, saúde e uma boa dose de delícias gastronómicas. Mas a vida raramente é simples. Alice sabe também como ela pode ser frágil, por isso quer desfrutá-la ao máximo… e nunca se sente tão viva como quando está a cozinhar. Por seu lado, Babetta passou a vida a cuidar da família. Mas agora os filhos já cresceram e seguiram os seus próprios caminhos, deixando-a só na sua pequena casa junto à costa italiana. 
Um Verão, as vidas destas duas mulheres vão unir-se numa pequena aldeia no Mediterrâneo, sob a linguagem comum da comida e do amor pela terra. Vai ser aí, sob o calor do sol italiano, ou a sombra da romãzeira, que segredos serão desvendados, e medos e esperanças partilhados. Mas as lições da vida nem sempre são fáceis de aprender…
Nicky Pellegrino está de volta com um romance de fazer crescer água na boca e inspirar os corações mais obstinados.

Não sei o que me espera esta leitura, a sinopse é interessante e espero gostar bastante da história.

Sinopse
A relação de amor entre duas pessoas, seja de mãe e filho, seja de marido e mulher, é desmedida por padrão. No início a empolgação se esforça para esconder todos os defeitos e no fim o cansaço faz esquecer todas as qualidades. Não há relacionamento em que uma pessoa veja a outra com justiça. Se existe alguém com quem nunca somos generosos, é com quem amamos.
Que acontecimento poderoso consegue afastar mãe e filha por quase toda a vida? E que tipo de força é capaz de reaproximá-las nas fronteiras da morte?
Da cama de hospital onde vive seus últimos dias, Claudia dá início a uma jornada dolorosa pelas experiências que moldaram a história dela e da filha, Meg. A mãe terá que ser mais rápida do que a morte para convencer a jovem a dividir confissões de uma vida marcada por um trauma. Manter-se viva e reviver a memória serão os desafios de Claudia para mudar o mundo das pessoas que mais ama.
Com uma dose de mistério que fatalmente leva os olhos à próxima página, Onze Semanas é uma viagem de sensações viscerais que conduz o leitor inúmeras vezes, sem que ele perceba, ao papel dos personagens.

Bem este não é propriamente um presente de aniversário, mas como foi enviado a pela Chiado Editora (parceria) e chegou dois dias antes do aniversário, vou considerar uma prenda :P
Eu tenho a fasquia alta em relação a este livro, parece-me muito bom e espero não me desiludir.

E foi assim que virei mais uma década na minha vida. Foram 30 anos de muitas experiências e apesar dos maus momentos valeu a pena não desistir, não baixar os braços e abraçar a vida com tudo o que ela tem para me oferecer. Tudo tem uma razão de ser  e estamos aqui para viver, o bom e o mau.

SEJAM FELIZES!!
Beijinhos

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Plano de leitura para fevereiro

Olá!!
Como no mês se janeiro consegui cumprir o plano de leituras e ainda juntar alguns à lista, vou voltar a apostar no planeamento. Não quer dizer que cumpra à risca as minhas escolhas, a lista servirá de guia e as leituras vão depender dos dias, da vontade e do tempo livre. :)


Para o desafio Ler autores portugueses, escolhi O RENASCER DAS CHAMAS de Susana almeida que já li e podem consultar a resenha aqui.

Para o desafio Um Clássico por mês, escolhi o ORGULHO E PRECONCEITO da Jane Austen

Sinopse:
Elizabeth Bennet, uma das cinco filhas de uma família da classe média rural, conhece Fitzwilliam Darcy, membro da alta sociedade mas de um orgulho desmesurado. As tensões aparecem rapidamente, alternando sensivelmente o idílico e pacífico mundo rural inglês, que se revela como uma sociedade rígida, em que abundam os preconceitos e na qual nem tudo é aquilo que parece. Neste romance de formação, os protagonistas devem madurar e aprender dos seus erros para poderem encarar o futuro, separando o orgulho da classe de Darcy e os preconceitos de Elizabeth.


Também decidi voltar a ler a série As crónicas de gelo e fogo do George Martin. 
Depois de ouvir tanto a minha irmã falar dos livros que lhe ando a emprestar, depois dela me ter ultrapassado e já estar a ler o 7º livro e depois de uma maratona em casa dos meus pai a ver a série, tomei vergonha na cara e decidi voltar a pegar nos livros, cuja adaptação televisiva serviu de inspiração para o nome do meu deste blogue. 
Sigo então com a leitura, recomeçando o 5ºlivro (versão portuguesa) A TORMENTA DAS ESPADAS.
Sinopse:
Os Sete Reinos estremecem quando os temíveis selvagens do lado de lá da Muralha se aproximam, numa maré interminável de homens, gigantes e terríveis bestas. Jon Snow, o Bastardo de Winterfell, encontra-se entre eles, debatendo-se com a sua consciência e o papel que é forçado a desempenhar.
Todo o território continua a ferro e fogo. Robb Stark, o Jovem Lobo, vence todas as suas batalhas, mas será ele capaz de vencer as mais subtis, que não se travam pela espada? A sua irmã Arya continua em fuga e procura chegar a Correrrio, mas mesmo alguém tão desembaraçado como ela terá dificuldade em ultrapassar os obstáculos que se aproximam.
Na corte de Joffrey, em Porto Real, Tyrion luta pela vida, depois de ter sido gravemente ferido na Batalha da Água Negra, e Sansa, livre do compromisso com o rapaz cruel que ocupa o Trono de Ferro, tem de lidar com as consequências de ser segunda na linha de sucessão de Winterfell, uma vez que Bran e Rickon se julgam mortos.
No Leste, Daenerys Targaryen navega na direcção das terras da sua infância, mas antes terá de aportar às cidades dos esclavagistas, que despreza. Mas a menina indefesa transformou-se numa mulher poderosa. Quem sabe quanto tempo falta para se transformar numa conquistadora impiedosa?

Outro livro quue tenho muita vontade de ler é BEATRIZ A MULHER QUE LIDEROU OS DESCOBRIMENTOS de Fina d'Armada. 
Ultimamente o tema dos Reis e do nosso passado histórico tem me interessado bastante e tenho lido e ouvido alguns programas de rádio sobre os grandes protagonistas da nossa história. É possível que este género de livros me acompanhe ao longo dos próximos meses.

Sinopse:
Nesta obra, o leitor encontra, em romance, uma outra visão dos Descobrimentos Ibéricos, pistas sobre o provável envenenamento de D. João II, e um segredo que satisfaz incógnitas de 500 anos sobre as origens de Colombo. Segredo que inclui um documento secreto do Vaticano, da autoria do cardeal Garampi, sobre o Infante de Sagres.

D. Beatriz dominou o período áureo da história de Portugal. Casada com D. Fernando, filho adoptivo do infante D. Henrique, foi sogra de D. João II e mãe de D. Manuel I. O Papa outorgou-lhe oficialmente a governação da Ordem de Cristo e o seu poder foi imenso, mas há um segredo que a perseguiu…

E por fim, uma autora por quem tenho muita admiração, não pela leitura dos seu livros porque ainda não li nenhum, mas pelos seus textos, entrevistas e documentários que vi sobre si. Quero começar finalmente a ler Clarice Lispector e o primeiro levro que vou ler é O LUSTRE.

Sinopse:
Em "O Lustre", de 1946, Virgínia mantém um relacionamento incestuoso com o irmão, Daniel, com quem faz reuniões secretas em que experimentam verdades, na condição de iniciados especiais. Os protagonistas Virgínia e Daniel fazem experiência com o mal, ora como agentes (beneficiários), ora como vítimas. Nas brincadeiras de infância entre os dois irmãos, o menino exercita sua maldade com jogos perversos que denunciam o abuso do poder de que se sabe possuidor. Virgínia é o instrumento de obtenção daquele prazer que no romance anterior parecia poder levar ao êxtase a jovem Joana: a fascinação pelo mal, o prazer advindo da percepção - e, neste caso, do uso - da inerente maldade humana. Para o menino, o mal metamorfoseia-se em perversidade, exige relação, necessita de um outro para se completar: pratica o mal pelo mal, convertendo-se o meio em fim.

E são estas as minhas escolhas.
E as vossas? Quais os vossos planos para fevereiro?

Beijinho e boas leituras

Opinião - O Renascer das Chamas de Susana Almeida

Este livro não é recomendado a pessoas que têm de se levantar cedo e começam a ler já de madrugada...

Sinopse:
É na Festa da Colheita que os caminhos de Cecília e Laerte se cruzam pela primeira vez. Ao contrário de todas as outras raparigas, Cecília não exibe um vestido bonito, ou prende os cabelos num penteado elegante.Escondida no escuro de um beco, ela observa a festa como uma criança deslumbrada. Mas Cecília não está só, um homem mais velho acompanha-a.
Curioso com o motivo que fez Cecília pedir-lhe ajuda no final da festa, Laerte procura informações sobre o homem que a acompanhava. Informações que acabarão por lhe revelar um segredo que mudará a sua vida.
Perseguidos, Laerte e Cecília lutam para sobreviver, enfrentando os perigos que surgem no seu caminho. Conseguirão eles chegar sãos e salvos ao seu destino?

Opinião:
Este livro incrivelmente viciante narra a história de Cecília, uma jovem que cedo descobriu o quão terríveis podem ser as pessoas mesmo aquelas que deviam proteger-nos. 
Cecília é vendia pela própria mãe a um homem completamente desumano que a torna sua escrava submetendo-a a uma vida de dor e sofrimento. É Laerte que vai fazer de tudo para libertar a pobre rapariga de tanta violência, vivendo com ela uma fuga intensa e angustiante onde a luta pela sobrevivência é uma constante.

Confesso que a primeira impressão que tive do livro foi que se tratava de um livro de fantasia. E pensando num romance fantástico entre o herói e a dama em apuros eu desconfiei um pouco dele. Mas estava tão enganada!!! Tão enganada!! Esta história não tem nada de fantasia e até chega a ser angustiante pensar que pode acontecer a outras crianças... quantas Cecílias existirão por aí??... 
As personagens estão muito bem construídas, os momentos fortes, mais violentos estão muito bem descritos e a narrativa é voraz e intensa. Todo o suspense e violência (física e psicológica) exercida contra a Cecíla passam para o leitor e é impossível parar de ler porque algo está sempre prestes a acontecer.
Já o final... gostei, mas gostaria mais se fosse o que parecia que ia ser :P ;)
ADOREI!

Susana Almeida nasceu em Faro em 1984. 
O seu gosto pela leitura iniciou-se bastante cedo e rapidamente os livros ganharam um espaço essencial na sua vida. 
Aos dezassete anos escreveu a sua primeira historieta apercebendo-se então da sua paixão pela escrita. Apesar de apreciar ler os mais variados géneros literários, no que toca à escrita prefere os géneros de fantasia e romance. 
É autora da trilogia “Estrela de Nariën, uma mistura entre fantasia épica e romance vencedora na categoria “ O Melhor Livro que Li” pelo Clube de Leituras e Fãs do Fantástico e do romance "Renascer das Chamas". 
Entre os seus escritores favoritos encontram-se nomes como: Emílio Salgari, Robert Jordan, Catherine Anderson, Alexandre Dumas, Robin Hobb e George R.R. Martin.

domingo, 31 de janeiro de 2016

Leituras de Janeiro

Olá!

Hoje venho mostrar as minhas leituras de janeiro.
Quem me acompanhou ao longo deste mês já reparou que entrei em 2016 cheia de vontade de ler. Em janeiro li 6 livros e felizmente não houve nenhum que não gostasse. 

Foi um excelente arranque de ano, não só a nível de leituras mas também de manutenção do blogue. Esta é a nona mensagem este mês, o pode parecer pouco mas para quem andava meio afastada é muito bom.

Das seis leituras publiquei apenas quatro opiniões que podem consultar aqui:


Sobre o livro da Kéfera Buchmann, Muito mais que 5inco minutos, posso dizer que foi uma leitura agradável. Kéfera é uma youtuber brasileira, uma das mais amadas e odiadas do país com quase 7milhões de fãs. Kéfera é actriz e a sua personalidade divertida colaram-me ao youtube uma semana inteira à uns bons meses e desde aí tenho seguido um pouco os seus vídeos e percurso.
 O seu livro fala uma pouco da sua adolescência e do inicio da sua carreira e é direcionado sobretudo para o público joven, pois aborda muitos temas que lhes dizem respeito, principalmente o bulling.
A Kéfera já me fez rir muito com os seus vídeos e eu li o seu livro todo com a sua voz e isso deixou-me bem disposta. Li porque sou uma das suas fãs... fazer o quê? ela faz-me sorrir :P Ela, não é escritora, isto não é uma obra literária, mas não podia deixar passar este livro à minha frente sem o ler. =) 

O Encantamento de Alice Offman desiludiu-me um pouco. Tem uma sinopse muito interessante e apesar de ser um livro curtinho eu esperava muito mais dele. É um conto bom para ler numa tarde mas que fica por aí. Não é inesquecível.
Já agora fiquem atentos porque brevemente vou sortear este livro e talvez não seja o único. 

E estas foram as minhas leituras. Amanhã trago-vos os meus planos para fevereiro.
E por aí, o que andaram a ler? Já leram alguns destes livros?

Beijinhos

sábado, 30 de janeiro de 2016

Opinião - Não há aves em Sobibor de João Carlos Máximo

"Eram muitos com fome, com ideias macabras, mas a porta, felizmente, estava ali, muito perto ao nosso alcance. Aquela experiência que fui desenvolvendo e repensando enquanto regressávamos ao esgoto, fez-me perceber o quão comovente era o nosso cenário, porque afinal, uma vez chegados ali, já não podíamos confiar em ninguém, já nem nos nossos podíamos confiar, o instinto animalesco de sobrevivência, esse os nazis quiseram accionar e experimentar em cada um de nós, (...)"

Sinopse:
Aquele que ousa esquecer a sua história, arrisca-se a vivê-la de novo.
Auschwitz era uma cerca de metal ondulando na brisa, era um piano que tocava num tremor desalmado pelas cordas de arame farpado...milhares de claves que me amoleciam o espírito, que me levavam à depressão. As barracas e o sonho da minha infância, levado por Karol e Dragomir.
(Henryk) - "Sobibor? Que lugar é esse? Porquê? O que têm aquelas árvores?"
(Isaac) - "Falta quem lhes dê música. Falta quem as habite. Quem lhes dê vida e movimento."
(Henryk) - "Mas, não há pássaros, aqui?!"
(Isaac) - "Não, filho! E é por isso que eu sei, e que eu tenho a certeza, que não estamos em Auschwitz, mas sim, num outro lugar chamado Sobibor. E é por isso que eu sei que tudo isto tem importância, que tudo isto irá ser lembrado, um dia!"
(Henryk) - "Não há aves em Sobibor?"
(Isaac) - "Não, Henryk. Não há aves em Sobibor..."
A neblina matinal que tarda em desaparecer, os telhados negros, os gorros siberianos, a ausência de natureza, o barulho ensurdecedor das máquinas, as malas dos ciganos na linha do comboio, a primeira cortina de ferro da história da humanidade. O enforcado que subia ao altar, a filha de Rudolf Höss a brincar no alpendre, a marcha dos soldados, as saudações, e tu, Europa, minha bela Europa, que me tocas, que me carregas, que me trazes protegido sob as lonas deste jipe furtivo da Wehrmacht. Talvez, por sorte, talvez, por pouco tempo, fosse possível prolongar aquele diálogo interrompido, lá longe, ainda lá fora, em pleno campo de extermínio de Sobibor.
(Isaac) - "Então, meninos! Querem saber qual é o meu segundo sonho?"
(Erek) - "Porque não usa uma estrela amarela, como nós? Em vez disso, porque tem um triângulo vermelho virado ao contrário?
(Iwona) - "Deixa comigo. Eu depois explico-te."

Opinião:
Este livro conta a história de dois irmãos, judeus polacos, capturados pelos nazis após a invasão das tropas alemãs à Polónia. Vão passar pelo Gueto de Łódź, o Gueto de Varsóvia até serem levados para Auschwitz. Durante este percurso vão conhecendo algumas pessoas que vão viver com eles o medo, a fome e horror dos atentados à sua vida, mas também a luta pela sobrevivência, a bondade e os pequenos milagres que surgem nos piores momentos, pois a esperança é a última a morrer e é importante ser-se óptimista.
É através da história destes irmãos que o autor nos leva numa viagem até ao Holocausto Nazi. 
Com a leitura deste livro ficamos com uma ideia dos horrores vividos por todos os que foram perseguidos, das loucuras megalómanas de um ditador desumano e de uma Europa fria, escura e em guerra. Este livro é uma boa opção para quem quer começar a conhecer este período histórico.

Depois da agradável surpresa com o Para sempre Carcóvia, livro do mesmo autor, estava muito curiosa para ler este livro. Confesso que gostei mais desta obra, talvez pelo tema ser mais conhecido ou por já estar familiarizada com a escrita do João Máximo, a verdade é que eu li com mais entusiasmo, com mais ritmo e em poucos dias.
O autor é possuidor de um vocabulário riquíssimo e isso valoriza a sua escrita. Ainda é assustador olhar para algumas páginas e ver que não contêm parágrafos, mas o ritmo de leitura não se perde, ao contrário do primeiro livro onde senti dificuldade com o narrador e o autor a falar ao mesmo tempo. Bem sei que estas histórias são a via para o autor partilhar connosco a sua experiência, mas por vezes perdia-me um pouco. 
Então fica a dica; se queres iniciar este autor, começa com este livro.

Agora tenho de falar de alguns pontos negativos. É apenas a minha opinião e vale o que vale. 
Embora compreenda que o objectivo principal do autor seja abordar o tema do holocausto e transmitir o que sentiu ao visitar todos aqueles locais (acreditando eu que seja isso), por vezes surgiam diálogos que me pareciam um pouco forçados ou sem emoção. Caramba, aqueles miúdos perderam os pais, estão a viver horrores e eu queria que eles sentissem mais desespero, dor, confusão, luto... o João criou boas personagens e gostei delas, mas faltou-lhes um pouco de emoção. Outro momento que também gostava de ver mais desenvolvido foi a estadia no Gueto de Łódź, acontece tudo muito rápido e Iwona conhece todo o gueto e seu funcionamento de forma imediata.

No geral gostei bastante de ler este segundo livro do João Maximo, onde ele demonstra o seu "amor" ao velho continente, esta Europa tão bela mas também capaz das maiores atrocidades e de um leste que tem os seus encantos mesmo nos momentos mais sombrios.
Gostei também da discreta homenagem que faz ao seu irmão e do momento que dá nome ao livro.
Fiquei cheia de vontade de conhecer melhor esta época histórica e ler mais histórias vividas naqueles locais.

Teria muito mais a dizer sobre o livro mas o texto já vai longo. Espero pelos vossos comentários, incluindo o do João Máximo, pois seria importante para esclarecer alguma dúvida ou lapso da minha parte.
Quanto a ele, desejo o maior sucesso e que continue a escrever. Fico à espera de novidades.

Boas leituras!

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Opinião - Ninguém Escreve ao Coronel de Gabriel García Márquez


"O administrador entregou-lhe a correspondência. Meteu o resto no saco e voltou a fechá-lo. O médico preparou-se para ler as cartas pessoais. Mas antes de rasgar os envelopes olhou para o coronel e depois para o administrador.
- Nada para o coronel?
O coronel sentiu o terror. O administrador pôs o saco ao ombro, desceu o passeio e respondeu sem virar a cabeça:
- Ninguém escreve ao coronel."

Sinopse:
Publicado pela primeira vez em 1961, Ninguém Escreve ao Coronel é o segundo romance de Gabriel García Márquez, escrito durante a sua estada em Paris, onde trabalhava como correspondente de imprensa desde meados dos anos 50.
Num estilo puro e transparente, com uma economia expressiva excepcional que marcava já o seu futuro como escritor, García Márquez narra com brilho inaudito a história de uma injustiça e violência: um pobre coronel reformado vai ao porto esperar, todas as sextas-feiras, a chegada de uma carta oficial que responda à justa reclamação dos seus direitos por serviços prestados à pátria. Mas a pátria permanece muda…


O meu primeiro contacto com a escrita do Nobel da Literatura Gabriel García Márquez não podia ser melhor. A sua escrita cativante e cheia de ritmo fez com que lesse esta clássico em cerca de duas horas. A história é muito boa e apesar do seu peso sentimental não me deixou triste, deixou-me pensativa.

Este coronel, ex combatente na guerra civil, espera há cerca de década e meia por uma pensão por serviços prestados à pátria, prometida por um governo há muito derrubado. Vive na pobreza com a sua mulher doente, numa casa sem grandes condições e numa ditadura, onde os jornais não contam tudo, a igreja censura os filmes e existe o recolher obrigatório.
O coronel e a sua esposa perderam o seu filho que era de certa forma o sustento da casa. Com a sua morte, restou-lhes apenas o seu galo que agora alimentam na esperança de o poder vender ou levar a ganhar uma luta e com isso facturar. Isso é motivo de discórdia ente os dois.
O pobre homem todas as sextas espera a bendita carta com a pensão que nunca chega e a sua situação piora de dia para dia. Ele deposita todas as esperanças naquela carta e no seu galo que tem de alimentar nem que para isso passe fome.  "A ingratidão humana não tem limites."

O autor escreveu esta obra numa fase da sua vida menos próspera durante uma estadia em paris e acredito que o sofrimento implícito no texto tenha sido vivenciado na primeira pessoa. 
Com a história deste pobre coronel Gabriel G. Márquez, faz uma crítica à burocracia, à sociedade injusta, gananciosa e que só protege os mais fortes e até à forma como os outros olham para a América Latina.

"É a mesma história de sempre (...) Nós passamos fome para que comam os outros. É a mesma história desde há quarenta anos."

Gostei bastante deste livro, a narração é magnífica e li as suas 93 páginas de forma viciante. O final (as últimas palavras) é genial. Depois de ler fiquei com a sensação que já ouvi falar deste livro ou este final na rádio. A última palavra soou na minha cabeça com voz bem colocada e grave, irónica mas sofrida.

Certamente este ano lerei mais alguma coisa deste Nobel da Literatura e vou dedicar umas publicações só a ele. Para já fica a minha experiência com esta primeira leitura e o convite à sua leitura.

E alguém por aí já leu este livro? O que acharam? Gostava de saber as vossas opiniões =)
Beijinhos e boas leituras!




quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Canções com história #8 - A Minha Casinha de Xutos e Pontapés (ou não)

As saudades que eu já tinha
Da minha alegre casinha
Tão modesta quanto eu.

Meu deus como é bom morar
Modesto primeiro andar
A contar vindo do céu.

A Minha Casinha dos Xutos e Pontapés é conhecida por toda a gente, mas será que é um original da banda liderada por Tim?
A resposta é: NÃO

O que a maioria das pessoas não sabe é que esta é uma versão de uma canção que ficou conhecida após ser interpretada por Milú, Luisinha, em O Costa do Castelo de Arthur Duarte. A canção é da autoria de Silva Tavares e música de António Melo.
Maria de Lurdes de Almeida Lemos, Milú (nome artístico), nasceu em Lisboa a 24 de Abril de 1926. Foi actriz e cantora e a primeira vedeta do cinema português a ser convidada por Hollywood, o convite foi feito mais que uma vez mas Milú recusou por medo de não corresponder às expectativas. 
A sua carreira começou muito cedo actuando em emissões radiofónicas e o seu nome artístico chamou desde logo a atenção da Emissora Nacional. 
Aos 12 anos estreou-se simultaneamente no teatro e no cinema, com uma breve participação no filme A Aldeia da Roupa Branca (1939), de Chianca de Garcia, ao lado de Beatriz Costa. 
A sua popularidade leva o realizador Arthur Duarte convidá-la, em 1943, para protagonizar O Costa do Castelo que se transformou num êxito, designadamente a canção Cantiga da rua, que interpretava ao lado de A minha casinha
Nesse mesmo ano parte para Espanha onde filma "Doce lunas de miel" de Ladislao Vajda, ao lado de grandes nomes do cinema espanhol. No final do ano casa-se e para grande desilusão corre a notícia do fim da sua carreira. Porém ao fim de poucos anos voltas às telas de cinema em O Leão da Estrela em 1947
Viveu a época de ouro do cinema português, entre os anos 40 e 50, a sua beleza encantou gerações de portugueses e portuguesas, comparada às estrelas de Hollywood.. 
Trabalhou em filmes como A Volta de José do Telhado (1949), O Grande Elias (1950), Os Três da Vida Airada (1952), Dois Dias no Paraíso (1958), O Diabo Era Outro (1969) e Kilas, o Mau da Fita (1981).
No teatro foi a revista que a fez primeira figura nos palcos e assim foi até ao fim da década de 60. 
Nos últimos anos da sua vida perdeu a visão e morreu no dia 5 de Novembro de 2008, em Cascais, vítima de problemas respiratórios. 

A sua voz imortalizou músicas como Cantiga da Rua e A Minha Casinha.



A Minha Casinha 

Que saudades eu já tinha 
Da minha alegre casinha 
Tão modesta como eu 
Como é bom meu Deus morar 
Assim num primeiro andar 
A contar vindo do céu 

O meu quarto lembra um ninho 
E o seu tecto é tão baixinho 
Que eu ao ir p’ra me deitar 
Abro a porta em tom discreto 
Digo sempre senhor tecto 
Por favor deixe-me entrar 

Tudo podem ter os nobres 
Ou os ricos de algum dia 
Mas quase sempre o lar dos pobres … 
Tem mais alegria 

De manhã salto da cama 
E ao som dos pregões de Alfama 
Trato de me levantar 
Porque o Sol meu namorado 
Rompe as frestas do telhado 
E a sorrir vem me acordar 

Corro então toda ladina 
Minha casa pequenina 
Bem dizendo o solo cristão 
Deitar cedo e cedo erguer 
Dá saúde e faz crescer 
Diz o povo e tem razão 

Na década de 80, os Xutos e Pontapés deram uma nova vida a esta música histórica, trazendo-a para o seu estilo musica.
A versão dos Xutos fez e continua a fazer sucesso e é impossível ficar indiferente à sua energia contagiante contrariamente à versão original. 




Espero que tenham gostado e dançado agora neste final :P

Beijinhos e nunca deixem de ser curiosos

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Opinião - A Revolução da Mulher das Pevides de Isabel Ricardo

"Europa, ano de 1807.
No antigo continente abatera-se um terrível furacão que estava a arrasar tudo à sua passagem. Napoleão Bonaparte. Este homem estava decidido a tornar-se imperador do mundo e para isso precisava de calcar aos seus pés todos os reinos que lhe fizessem frente."

Um por um, os reinos iam caindo derrotados e conquistados por Bonaparte...
Mas será que as suas tropas tiveram vida fácil em terras lusitanas...?

Sinopse:
Os exércitos de Napoleão ocupavam Portugal. Uma mulher, armada apenas da sua beleza e argúcia, vai despoletar a revolução para os expulsar 

Perante os canhões e as balas dos exércitos franceses, Ana Luzindra só tinha uma arma: a sua beleza. Mas a beleza também pode ser mortal.

A Revolução da Mulher das Pevides transporta-nos para os anos de terror das invasões francesas. A morte e a crueldade marchavam lado a lado com os exércitos veteranos de Napoleão. E enquanto a Família Real fugia para o Brasil, o povo ficava para suportar todo o tipo de humilhações.
Na vila da Nazaré, Ana Luzindra é parteira de profissão e uma mulher simples. Para fazer frente aos canhões e balas dos franceses só tem uma arma: a sua estonteante beleza. Atraindo-os, um a um, para a morte na calada da noite, a jovem inspira toda uma comunidade e pegar em pedras e paus para expulsar os invasores.
A Revolução da Mulher das Pevides, expressão da Nazaré que significa “algo insignificante”, foi tudo menos isso: pelo sobressalto que pregou aos franceses, e pela posterior vingança desproporcionada que estes praticaram sobre a Nazaré, acabou por ser um dos momentos mais importantes da invasão, e inspiraria o longo e árduo caminho dos portugueses e aliados até à derradeira vitória sobre as tropas do temível Napoleão.

Recorrendo a uma pesquisa exaustiva, Isabel Ricardo oferece-nos um bilhete para um dos períodos mais importantes da História de Portugal.

Opinião:
Depois da leitura de "O Último Conjurado" ( podem ler a opinião aqui) a expectativa para esta leitura era muito alta e a Isabel Ricardo não desiludiu em nada. Já esperava gostar do livro pois a escrita da autora é viciante, mas o que me agradou mais foi a dedicação, a pesquisa e o rigor histórico da obra. 
Claro que são as personagens e as suas vivências que fazem o livro, mas gostei muito da parte histórica, as estratégias dos países envolvidos na invasão, as batalhas mais importantes, as datas, os lugares, o número de soldados envolvidos, etc.. 
Não vale a pena falar muito sobre a história em si pois a sinopse é bem explicita. Vou apenas destacar o que mais me agradou na obra.

Destaco em primeiro lugar o povo nazareno, com o seu dialecto característico, desconhecido para mim e que me divertiu imenso ao longo da leitura 
"-É verdade, Tonhe. P'ra mal dos nossos pecades... Esses coirões desgraçades invadiram-nes. Mar os assombrasse!"
"-Este ataque, este tife negral, vai-me inchamardear a roupa toda..."
"-O Francês ' tava arreade com' ós porques!... Saiu daqui aos trepeções e continuou assim na rua, Pra onde é q' ele foi na faç' idéa..."

E as pragas de Joana de Estopa...
"-Mar t' assombrasse!"
"-Vai t'atirar do suberc' abaixe!"

As personagens são de facto um ponto forte mas esperava mais de algumas como é o caso de Ana Luzindra. No entanto outra personagens feminina acaba por ganhar importância e protagonizar um dos momentos mais surpreendentemente cruéis da história. Ainda 'tou aqui assetuada! Esse episódio veio mostrar que a autora consegue ser tão cruel como bem humorada, e é de salientar o equilíbrio que existe ao longo do livro entre todos os momentos divertidos e trágicos, não há mudanças bruscas, as coisas simplesmente vão acontecendo.
Não consigo escolher uma personagem favorita ou a que mais se destaca, pois vão ganhando visibilidade com o desenrolar dos acontecimentos. A Joana de Estopa divertiu-me tal como as crianças, tive um fraquinho pelo Diego, gostei do Rodrigo mas os ciúmes estragaram tudo, a Ana Luzindra começou bem mas depois perdeu-se um pouco... Na verdade o grande protagonista desta história é mesmo este povo nazareno (português) que tudo fez para complicar a vida aos invasores e para defender as suas terras, os seus pertences, o seu reinos e a sua própria vida. 

O rigor histórico traz-nos todos os acontecimentos e protagonistas da Primeira Invasão Francesa, desde os planos de Bonaparte para nos invadir, a aliança com Espanha, locais, datas e resultados das batalhas e a saída das tropas francesas do nosso reino, com a colaboração dos nossos aliados Ingleses, que não foram assim tão amigos no final de contas. Aquela negociação podia ter sido mais vantajosa para Portugal.

Isabel Ricardo consegue de uma forma muito criativa dar-nos a conhecer mais um momento histórico de Portugal. 
A dedicação e empenho na pesquisa histórica é bem visível e o facto da maioria das personagens nazarenas terem de facto existido, sendo algumas antepassados da própria Isabel, torna o livro ainda mais especial.
Grande homenagem, excelente romance histórico e grande escritora.
Um livro cheio de emoções, com toque de humor e horros. Ainda " 'tou aqui assetuada!" =)
Excelente aposta da editora Saída de Emergência.

Não deixem passar o oportunidade de ler este romance, esta história de amor à pátria por um povo que não se deixou cair aos pés do brutamontes Napoleão Bonaparte. As invasões francesas foras as mais bárbaras de sempre, estes soldados foram cruéis, impiedosos e implacáveis, mas nem sempre...

E vocês já leram? O que acharam?

Beijinhos e boas leituras!

sábado, 16 de janeiro de 2016

Opinião - O Grande Gatsby de F. Scott Fitzgerald

"Quando eu era mais novinho, e mais vulnerável, o meu pai deu-me um determinado conselho que ainda hoje me anda às voltas na cabeça.
- De cada vez que te apetecer criticar alguém - disse-me -, lembra-te sempre de que nem toda a gente neste mundo gozou algum dia das vantagens que tu tens tido."

****
E foi justamente nas primeiras linhas, no primeiro parágrafo, nos primeiros segundos de leitura... que este livro me agarrou.

Sinopse

Justamente considerada uma das mais importantes obras de ficção do século XX, O Grande Gatsby é um retrato notável da era dourada do jazz em toda a sua decadência e excessos. Pelos olhos do provinciano Nick Carraway, conhecemos a história do misterioso Jay Gatsby, um milionário que subiu na vida a pulso, movido pela paixão quixotesca que nutre pela jovem Daisy, uma rica herdeira bela e frívola. A sua obsessão por ela fá-lo reinventar-se para por fim poder reclamar a sua amada, numa autêntica encarnação do sonho americano. Porém, o reencontro de ambos acaba por desencadear uma série de acontecimentos trágicos, com Gatsby a ser vítima não apenas da sua ambição, mas da insensibilidade e falta de valores que imperam na sociedade americana da época.

Gatsby é um tipo misterioso e cheio de dinheiro que mora numa mansão onde dá imensas festas. Nick, jovem educado e vizinho de Gatsby é primo de Daisy que mora no outro lado da ilha e é casada com Tom Buchanan. Daisy é rica, Tom também e tinham tudo para dar certo, não fosse Tom levar demasiadas vezes o carro à oficina e Daisy não ter casado por amor. Estranho, mas já vão perceber...
O que não se sabe ao inicio é que Daisy e Gatsby tiveram uma caso antes desta conhecer Tom, mas Gatsby era pobre e Daisy precisava orientar a vida (LOL). 
Ora Gatsby era pobre mas não era burro e sempre sonhou alto, quis subir na vida e conseguiu. Mas faltava o grande amor da sua vida... 
Que coincidência ter comprado uma mansão justamente ao lado da humilde casa do primo da sua amada! Gatsby não perde a oportunidade de se aproximar de Nick para conseguir chegar a Daisy e daí acaba por surgir uma amizade verdadeira, porque Tom é correcto, é educado e não julga ninguém antes de conhecer verdadeiramente.
Os planos de Gatsby acabam por dar certo e chega enfim o tão esperado reencontro. Gatsby percebe que ainda ama Daisy como no passado e Miss Buchanan ao ver a casa de Gatsby repara que se tivesse esperado um pouco mais teria casado com um MEGA-MULTI-MILIONÁRIO em vez de um tipo rico ( buá, buá, buáaaaa, ora toma lá :P).
Depois temos romance, bebida, carros, revelações e TRAGÉDIAS... (daquelas de fazer parar a leitura para respirar e recompor as ideias) 

Esta história narrada por Nick é um genial romance que se lê em poucas horas. O par romântico e tudo o que se desenrola à sua volta é bem cliché, mas a forma como é narrada a história, os diálogos, o retrato social e todo aquele final surpreendente e cheio de "dicas" fazem deste livro um genial clássico norte-americano. Scott Fitzgerald conseguiu retratar muito em poucas páginas e escrever uma história cheia de imprevistos. Eu achava sempre que já sabia o que ia acontecer e adorei errar tantas vezes. 
Atribui 4* no Goodreads quando terminei a leitura, mas depois de reflectir e escrever sobre ele, fui modificar e juntei mais uma estrela. É uma história cheia de personagens que vou recordar por muito tempo e um grande regresso às leituras por isso tornou-se um livro marcante.

Imaginem só, que eu quis ler este livro quando surgiu o filme e depois de ter visto isto...
Deus vê tudo e eu também! <3
Só vi isto sobre a adaptação cinematográfica.
Felizmente não vi o filme, nem o homem aranha e consegui dar a Tom um ar agradável e respeitável xD
Eu interessei-me pelo livro da maneira mais parvinha e fútil, mas foi isso que me fez descobrir um excelente clássico, um novo autor para conhecer melhor e personagens que não irei esquecer.
Vale muito a pena ler, O GRANDE GATSBY.

E vocês já leram? O que acharam?