terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Canções com história #1 - A Lenda de El-Rei D. Sebastião

Olá!

Como já sabem, todos os meses dou o meu contributo para o Jornal da Banda (Filarmónica da Erada). Comecei com a sugestão literária com "Um livro por mês" e tenho desde então contribuído com outras  rubricas mensais. Este ano pensei juntar duas novas ideias e uma resultou tão bem que vou passar a partilhar aqui também. 
A música é a minha grande paixão. Todo o tempo que dedico a ela é precioso e encontro sempre algumas histórias que acho que devem ser partilhadas. Espero que gostem e vos seja útil. 


D. Sebastião I de Portugal nasceu em Lisboa, a 20 de Janeiro de 1554 e faleceu em Alcácer Quibir, a 4 de Agosto de 1578. Foi sepultado em 1582 no Mosteiro dos Jerónimos. Morreu solteiro e sem descendência. 
Foi o décimo sexto rei de Portugal, cognominado O Desejado por ser o herdeiro esperado da Dinastia de Avis.
Aos 14 anos assumiu a governação manifestando grande fervor religioso e militar. Solicitado a cessar as ameaças às costas portuguesas e motivado a reviver as glórias do passado, decidiu a montar um esforço militar em Marrocos, planeando uma cruzada após Mulei Mohammed ter solicitado a sua ajuda para recuperar o trono. A derrota portuguesa na batalha de Alcácer-Quibir em 1578 levou ao desaparecimento de D. Sebastião em combate e da nata da nobreza, iniciando a crise dinástica de 1580 que levou à perda da independência para a dinastia Filipina e ao nascimento do mito do Sebastianismo.


Depois de Alcácer-Quibir
El Rei D. Sebastião

Perdeu-se num labirinto
Com seu cavalo real

As bruxas e adivinhos das altas serras beirãs
Juravam que nas manhãs, encerrado num nevoeiro
Vinha D. Sebastião

Pastores e trovadores das regiões litorais
Afirmaram terem visto, perdido por entre os pinhais
El Rei D. Sebastião

Ciganos vindos de longe
Falcatos desconhecidos
Tentando iludir o povo

Afirmaram serem eles
Qu'El Rei D. Sebastião
E que voltava de longe

Todos foram desmentidos, condenados às galés
Pois nas praias dos Algarves, trazido pelas marés

Encontraram um cavalo e farrapos do seu chibão
Pedaços de nevoeiro, a espada e o coração
D'El Rei D. Sebastião

Depois de Alcácer-Quibir
Virá D. Sebastião

E uma lenda nasceu entre a bruma do passado
Chamam-lhe o desejado mas que nunca mais voltou
El Rei D. Sebastião
El Rei D. Sebastião

Foi com A Lenda de El-Rei D. Sebastião, canção inovadora para a época, que em 1967, o Quarteto 1111 se deu a conhecer ao mundo.
Esta banda Portuguesa foi formada em 1967 no Estoril. O seu nome foi inspirado no número de telefone do local onde ensaiavam.
O grupo era formado por Miguel Artur da Silveira, José Cid, António Moniz Pereira e Jorge Moniz Pereira.
Em 1968 concorrem ao festival RTP da Canção interpretando Balada para D. Inês, que se classifica em 3.º lugar.
O grupo teve bastantes problemas com a Censura, por causa de canções que tinham uma forte carga política e contestatária.
Depois do abandono de José Cid, em 1975, o Quarteto 1111 continua, chegando a participar de novo no Festival RTP da Canção, em 1977, com o tema O Que Custar. A formação de então já não tinha, no entanto, nenhum membro da original, dissolvendo-se pouco depois. José Cid, Mike Sergeant, Tózé Brito e Michel ainda voltariam a juntar-se em 1987, para gravar o single, Memo / Os Rios Nasceram Nossos, que marca o final da carreira discográfica do grupo.

Fonte: Wikipedia

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Tag Os Reis - Autoria da Guerra dos Sonos com a ajuda do Pirata

Olá!

Como hoje é Dia de Reis e o Menino Jesus não é o único que merece prendas, trago também uma para os leitores do blog. 
É uma oferta minha e do Pirata que há muito queria criar um Tag. Como ele gosta muito da história de Portugal, principalmente dos nossos Reis, decidimos criar uma Tag inspirada em alguns dos nossos Reis e lança-la neste dia. 

A ideia é relembrar algumas personagens históricas e descobrir o porquê dos cognomes de alguns reis. O Pirata está a adorar estudar esta matéria e contagiou a família toda. 

Então cá vai... (com as nossas respostas)


D. Afonso Henriques, o Conquistador 

Foi o primeiro rei de Portugal e conquistou território até Lisboa e Alentejo. O seu cognome é o Conquistador, porque conquistou muitas terras aos Mouros. Reinou entre 1143 e 1185.

Qual foi o primeiro livro que leste ou te fez apaixonar pela leitura?


D. Afonso II, o Gordo 

Convoca as primeiras cortes portuguesas, em Coimbra (1211). O seu cognome é o Gordo, por ser muito gordo. Reinou entre 1211 e 1223.

Qual o livro mais volumoso da tua estante?


 

D. Dinis, o Lavrador

Incentivou o comércio, a cultura, a agricultura e mandou plantar o pinhal de Leiria, daí o seu cognome. Reinou entre 1279 e 1325.

Escolhe um livro em que grande parte da história se passe numa floresta.



D. Afonso IV, o Bravo 


Tomou medidas muito polémicas e chamou toda a justiça do reino para as suas mãos. O seu cognome é o Bravo por ter lutado com bravura na batalha do Salado. Reinou entre 1325 e 1357.

Escolhe um livro com um dos teus heróis favoritos.


D. Fernado, o Formoso

Gerou conflitos com Castela que levaram à crise de 1383/1385. O seu cognome é o Formoso pela sua beleza física. Reinou entre 1367 e 1383.

Escolhe o livro com a capa mais bonita da tua estante.



D. João I. o De Boa Memória 

Aos seus filhos é chamada a «Ínclita Geração» por todos serem muito cultos. O seu cognome é o De Boa Memória pela grande recordação que deixou em todos os Portugueses. Reinou entre 1385 e 1433.

Escolhe um livro que nunca irás esquecer, pelos melhores motivos.

 

D. João II, o Príncipe Perfeito

Assina o Tratado de Tordesilhas que divide o Mundo em dois (1494). Não deixa descendência. O seu cognome é o Príncipe Perfeito pelo talento e lucidez com que conduziu o país. Reinou entre 1481 e 1495.

Escolhe um livro que te deixou com um sentimento de amor/ódio.

 

D. Sebastião, o Desejado 

Desapareceu na Batalha de Alcácer-Quibir.  O seu cognome é o Desejado por ter sido muito pretendido antes de nascer. Reinou entre 1557/1578.

Que livro desejas muito juntar a tua biblioteca?



9º D. Luis, o Popular

Participa na delineação do Mapa Cor-de-Rosa em África. Nascem vários partidos políticos diferentes.O seu cognome é o Popular pela simpatia que o povo tinha por ele. Reinou entre 1861/1889.

Escolhe um livro de um autor muito popular. 


10º D. Manuel, o Patriota

Tenta manter a estabilidade com o Partido Republicano, mas não consegue.Dá-se a Implantação da República. O seu cognome é o Patriota devido ao seu grande amor pelo seu país. Reinou entre 1908 e 1910.
Escolhe um livro que retrate um acontecimento da história de Portugal.


Espero que tenham gostado e se sintam desafiados a fazer. 
Divirtam-se ;)

Não se esqueçam de partilhar connosco as vossas respostas!! 

Beijinho 

sábado, 3 de janeiro de 2015

O melhor de 2014. Que ano bom!!

Olá!

Antes de mais FELIZ ANO NOVO!!! Que 2015 seja um ano cheio de saúde, trabalho, alegria, amor e boas leituras! 

Gostava de ter vindo mais cedo para dar as boas festas, mas o tempo não chega para tudo. Dezembro é um mês muito especial para mim, mas também o mais cansativo de todos. Entre trabalho, festas e visitas pouco tempo houve para leituras e balanços. Mas mais vale tarde do que nunca e aqui trago o meu balanço de 2014.


Este ano que passou foi um dos mais produtivos de sempre desde que leio e tenho blog. Li cerca de 32 livros. Nem todos foram boas leituras mas no geral foi um ano excelente.

Comecei o ano com alguns clássicos. Gosto muito de Eça de Queirós e reli Os Maias, um livro fantástico que devo reler mais vezes, sem dúvida. Como estava n'Eça dos clássicos, li O Crime do padre Amaro, outro grande livro que me surpreendeu bastante (e me deu raiva daquele padre, que ódio!!) e li O primo Basílio, não gostei e deixei o Eça de parte.  

Entretanto criei a página Guerra dos Sonos no facebook e todo o meu panorama literário se estendeu. A simpática Luisa Bernardino deu-me a conhecer um mundo a parte, o mundo do Corvo Fiacha. Este é o acontecimento Top do ano, que mudou completamente a minha rotina literária e trouxe a possibilidade de conhecer leitores e escritores. Tenho de agradecer a Luísa e ao Fiacha pela sua amizade. Sempre atentos e disponíveis, são duas excelentes pessoas e trouxeram-me novos sorrisos. 

A Luísa ofereceu-me o Lili de Manuel Alves, que adorei ler e escrever opinião. Por sua vez, o escritor descobriu essa opinião e partilhou no Cantinho do Fiacha e o Corvo lá deu por mim. Eles são todos culpados! O castigo... aturar-me :D

O Manuel Alves é uma das minhas maiores descobertas de 2014 e foi o meu autor favorito do ano. Para além de Lili, li também A invenção de um conto de fadas, um livro surpreendente, muito bem escrito e que me tocou bastante, Terra Fria, sensacional, um livro de cortar respiração sobre uma mãe coragem passado no tempo da nossa ditadura e alguns contos que também gostei no geral. É um escritor para continuar a seguir.

Este foi um ano dedicado aos autores portugueses, por mero acaso, foram surgindo os livros. 
Outra bela descoberta foi Carina Portugal, conquistou-me com o Engenho dos Sonhos e Duas gotas de sangue e um corpo para  a eternidade. A Carina escreve muito bem e a sua imaginação não tem limites.

Li A Voz dos Deuses de João Aguiar, Não me contes o fim de Rita Ferro, O que se leva desta vida, de Alice Vieira e O Último Conjurado de Isabel Ricardo, a minha primeira leitura conjunta com a participação da autora. 

Com a ajuda de um amigo matreiro comecei uma parceria com a Chiado Editora. 
Estou a gostar da experiência, mas não tive sorte com todos os livros. O que merece destaque é mesmo o Espada que Sangra de Nuno Ferreira, não entra nas minhas leituras de 2014 porque não consegui terminar a tempo, mas é um livro que estou a gostar bastante. O Nuno Ferreira escreve muito bem, é cuidadoso, gosta do pormenor e apesar de algumas descrições pormenorizadas não é chato. Confesso que me assustou um pouco no inicio, mas a sua escrita é muito cativante e tem um bom ritmo. 
O Nuno é outra agradável descoberta, para além de talentoso, é simpático e está sempre disponível. Desejo o maior sucesso para ele. 

Li a minha primeira trilogia, The Hunger Games. Gostei bastante e recomendo a toda a gente apesar de ser direccionada a um publico mais juvenil. 

Os Monstros das Caixas de Alan Snow é o livro mais fofo de 2014 e foi o último livro que li!!

Por fim e quase me esquecia (imperdoável), comecei a ler as Crónicas de Gelo e Fogo de George R. R. Martin. Vou no 5º volume (edição portuguesa) e estou a adorar. Tudo pode acontecer na luta pelo poder e muitas cabeças vão rolar ainda até sair um novo livro em Portugal. Posso ler com calma.

E foi assim o meu ano! Obrigado por seguirem o meu blog, por comentar e trocar experiências. Que 2015 seja ainda melhor :)

Obrigado vida por me trazeres novos amigos!
Quase dá para juntar a mesa e despachar um cabrito recheado lá no "meu" estaminé ;)

Beijinho e boas leituras