terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Hoje é um dia especia!! O meu filho faz hoje 9 anos e sou uma mãe feliz e babada :)

   E foi á 9 anos que começou a mais bela história de amor... 

  Na verdade começou uns meses antes.. também não tem sido sempre um conto de fadas :), mas isso não interessa nada... 

  O que hoje tenho vontade de dizer é que 

  Pois é!! Todos os dias são uma aventura, e sou uma mãe babada e orgulhosa. Nem sempre é fácil, nem sempre faço o correcto, mas tenho muito orgulho no meu filho e na mãe que sou e mesmo quando erro foi com a certeza que estava a fazer bem.

  Hoje o meu filho faz 9 aninhos e como eu estou de folga vou já de seguida para a cozinha tratar da festinha dele. Alguém me ensine a fazer leite creme!! :P
  Vai ser só um jantar de familia, pois no ATL vai poder festejar com os amiguinhos, o bolo já lá está a sua espera. 

  Tão bom cantar os parabéns a um filho, como eu costumo dizer, "passaste mais um nível" :)

  PARABÉNS DIOGO!! 


Desafio "Um livro por mês" (7) - Os Maias de Eça de Queiroz

   Olá! Tudo bem?

   Não tenho parado muito para poder escrever por aqui, mas hoje é um dia especial, e estou de folga, então reservei a manha para vos falar do ultimo livro que li. Livro que falarei também no jornal habitual :)

  Falo do odiado e amado livro de Eça de Queiroz, o pesadelo do 11ºano...


  OS MAIAS


Sinopse: Trata-se da obra-prima de Eça de Queirós, publicada em 1888, e uma das mais importantes de toda a literatura narrativa portuguesa. Vale principalmente pela linguagem em que está escrita e pela fina ironia com que o autor define os caracteres e apresenta as situações. É um romance realista (e naturalista), onde não faltam o fatalismo, a análise social, as peripécias e a catástrofe próprias do enredo passional.


A obra ocupa-se da história de uma família (Maia) ao longo de três gerações, centrando-se depois na última geração e dando relevo aos amores incestuosos de Carlos da Maia e Maria Eduarda.

Mas a história é também um pretexto para o autor fazer uma crítica à situação decadente do país (a nível político e cultural) e à alta burguesia lisboeta oitocentista, por onde perpassa um humor (ora fino, ora satírico) que configura a derrota e o desengano de todas as personagens.


  Os Maias desenvolve-se em duas acções, a primeira, a história da família Maia, principalmente a vida, os amores e desamores de Carlos e a segunda em torno da sociedade da época, da alta burguesia lisboeta. 

  Resumindo rapidamente, o romance começa por falar da família Maia, das suas propriedades, casas, da sua história. 
   Afonso da Maia tem um filho, Pedro que é educado pela mãe, numa educação romântica, que o vai tornar um “fraco” incapaz de lidar com os problemas da vida. Pedro casa e tem dois filhos, mais tarde é abandonado pela mulher que foge com outro homem, leva a filha e deixa para tras, o filho Carlos Eduardo. Pedro incapaz de lidar com esta tragédia suicida-se e Carlos fica entregue aos cuidados do avô.
  Cresce saudável e bonito. Forma-se em medicina, viaja pela Europa toda e faz bons amigos como João da Ega que será o seu fiel amigo. Jovem, bonito, rico… ingredientes perfeitos para amores e desamores… 
  Acaba por conhecer Maria Eduarda, um amor forte, verdadeiro mas impossível por razões que vão conhecer ao ler o livro.
  Tudo isto num ambiente, muito agitado da sociedade, da alta burguesia de Lisboa. 

  É o retrato da sociedade, tão bem feito por Eça, com a sua crítica irónica que me faz gostar tanto deste livro. 
  A sociedade da época esta a passar por uma transformação e temos por um lado uma sociedade Romântica, daí o subtítulo da obra ( que por acaso este livro não tem, mas devia, na minha opinião) “Episódios da vida romântica” e uma nova geração Realista, Naturalista. 
  Ao contrário do Romantismo, que é a arte do sonho e da fantasia, que se baseia nas emoções e crenças, o Realismo, é o retrato da realidade tal qual ela é, sem fantasias, retóricas é mais objectivo.
  Essa mudança acontece na segunda metade do séc. XIX e o próprio Eça integra esse movimento artístico e literário.

  Eça passa para o romance esses movimentos, o conflito, a mudança de pensamento ou a sua defesa. São vários os episódios onde podemos conhecer a vida desta sociedade em mudança, nas corridas de cavalos, nos jantares, a imprensa, nos saraus. Estes movimentos são constantemente tema de conversa.
  
   Os Maias, são mais do que uma história de amor. Se fosse só a história trágica, de Carlos Eduardo e Maria Eduarda eu não falava deste livro, não ia achar interessante. Para mim é um pormenor, no meio deste livro fantástico.

   Às primeiras páginas o Eça assusta qualquer pessoa com as suas descrições extensas, que para algumas pessoas, são importantes para se centrarem na história, mas para outras é suficiente para fecharem o livro e arrumarem na prateleira. Mas confiem em mim, se gostam de histórias bem escritas, com boas personagens, com debate de ideias, peripécias hilariantes e bastante profundidade, leiam OS MAIAS. São 700 páginas para ler com calma e gosto.
   Dei por mim algumas vezes tentada a ler descrições na diagonal, confesso, mas ai, parava e voltava a ler mais tarde e com mais paciência. 
   Também sei que no 11º ano é um livro de leitura obrigatória na disciplina de português. Na altura gostei de ler, mas tenho pena de não ter percebido porque é tão importante o estudo desta obra, li por obrigação e tive sorte de ter achado interessante, mas só isso. Passados 10 anos (tantos…) voltei a gostar e muito graças a uma personagem chamada João da Ega, de Celorico da Beira. Amigo intimo de Carlos, extrovertido, irónico, cheio de vida, que a dada altura se revolta com a sua vida e com a sociedade, então decide voltar para Celorico e escrever uma obra dedicada a Lisboa chamada “Lodaçal”. Uma personagem que traz alegria a leitura e é impossível falar ou escrever dele sem sorrir é a minha personagem favorita e talvez sem ele não aguentava a leitura do romance. 

  Ao conhecer Eça de Queiroz, podemos encontrar reflexões da sua vida tanto em Carlos da Maia como no João da Ega. Vi recentemente num documentário sobre Os Maias que se Eça não tivesse viajado iria tornar-se num “Ega”, ficando por Lisboa a fazer troça de todos, como teve oportunidade de viajar e se instruir era mais “Carlos da Maia”. Isso chamou-me a atenção e fiquei com muito curiosidade para conhecer mais da sua obra e da sua pessoa, é bem provável que volte a falar dele.


  Eça de Queroz nasceu em 1845 em Povoa de Varzim, aos 16 anos foi estudar Direito para Coimbra, defensor do realismo viajou pela Europa e Egipto que inspirou vários dos seus trabalhos. Para além de Os Mais, escreveu, O Mandarim, A Capital, O Crime do Padre Amaro, A Cidade e as Seras, entre ouros. Os seus trabalhos foram traduzidos em cerca de 20 idiomas. Morreu em 1900 em Paris. 



“- Ouça, abade. Toda a diferença é essa. Eu quero que o rapaz seja virtuoso por amor a virtude e honrado por amor a honra; mas não por medo às caldeiras de Pero Botelho, nem com o engodo de ir para o reino do céu” 

“Não há nada de inocente na natureza, minha rica senhora. Indecente é a ignorância…”

                                                                                                 Afonso da Maia

“A civilização fica-nos curta nas mangas! Isto é uma choldra ignóbil!”

“E o que temos nós sido, desde o colégio? Desde o exame de latim? Românticos! Indivíduos inferiores que se governam na vida pelo sentimento e não pela razão.”

João da Ega

  Espero que tenha sido convincente! Não julguem o livro pelas primeiras descrições, Os Maias é uma grande obra e não é por acaso que ela é estudada na escola. Espero que tenha ajudado nesse sentido. Podem comentar e fazer perguntas

  Deixo o documentário que falei... podem encontrar este video e muito mais em http://ensina.rtp.pt/artigo/oa-maias-grandes-livros/, visitem vale muito a pena. isto sim é serviço  publico!


Beijinho e boas leituras!!!
    





segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Vlogs literários e... Comprei "Até ao fim do mundo" e a culpa é da Juliana Gervason



Olá!!

Já algum tempo que andava para vos falar dos canais literários que sigo no youtube.

Na verdade eu descobri este mundo de vlogs por mero acaso e foram eles que me fizeram ter ainda mais vontade de ler e comprar livros ( muito séria esta parte, controlem-se... ver vídeos sobre livros dá vontade de comprar todos). Há para todos os gostos e realmente influenciam-me nas minhas escolhas.

O primeiro canal que descobri foi o da Tatiana Feltrin, por acaso, já nao sei se a pesquisar sobre um livro concreto ou não, o que é certo é que descobri algo novo que mudou radicalmente a minha forma de ver os livros, os meus hábitos, as minhas compras... :) 

Durante uns dias eu só vi videos dela, colada ao PC encantada. Depois descobri que tem duas grandes amigas com canais também, Patrícia Pirota e Juliana Gervason.

A partir daí o youtube encarregou-se de me levar até outros canais e foi a ver um video de alguém (não faço ideia quem), que descobri uma portuguesa (uma vez que só encontrava canais de brasileiros), que também tem um canal, a Cláudia Oliveira com A mulher que ama livros. Descoberta que me deixou muito feliz. 

Não conheço mais canais portugueses apenas alguns blogs que vou seguindo mas com menos frequência. Pessoal manifestem-se e sugiram os vossos ou os que seguem!! :) 

Deparar-me com este mundo dos livros levou-me a olha-los de outra maneira e tenho aprendido muito, sobre a própria literatura, autores, obras...

E não é que criei uma grande simpatia por estas quatro mulheres!! São elas que levo mais a sério e estou sempre a espera de um novo video. Mas há mais canais que vou espreitando, como disse há para todos os gostos e nem sempre quero uma resenha detalhada de um livro ou um olhar mais "académico" sobre uma obra. Então vejo os videos de "Cabine Literária", são muito divertidos, "Minha estante", "Ler ou não ler?", "letras de batom" tão querida a Barbara... e outros por esse youtube fora.

Para não ser muito chata só quero dizer que a culpa de ter este blogue é desta gente toda! Este não é um blogue literário, longe disso, quem me dera ter escola para falar com profundidade sobre obras literárias, ou exclusivamente de livros. Costume dizer que é um blogue de coisas com o meu diário literário. Onde me limito a falar de alguns livros, autores e o que me fazem sentir.

Se ainda não conhecem estes canais façam favor... 

Sem tirar mérito a Cláudia, eu adoro as três amigas que falo ao inicio, sou mesmo fã, são diferentes, mas falam com a mesma paixão!

                       - http://frappuccinomochabranco.blogspot.com/

                      - http://www.aindamininama.com/

                           - http://www.obatomdeclarice.com/

                         - http://amulherqueamalivros.blogs.sapo.pt/


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Até ao fim do mundo, este é um exemplo que uma compra que quis fazer logo que vi um video. Ainda levou algum tempo, mas esta semana perdi a cabeça e finalmente está na minha prateleira. Está nos meus planos para fevereiro.


O video que falo é da Juliana Gervason, e se ela diz que o livro é bom então eu quero ler! Ela fala um pouco sobre a história e deixou-me curiosa. Este livro não é dos mais baratos e por norma só gasto mais de 20€ num livro que já conheço e sei que vale isso ou então uma recomendação de confiança e eu confio na Juliana. 

Depois de ler falo melhor sobre ele, hoje queria mesmo falar dos canais do youtube e da influência que têm em mim. Este é só um exemplo, pois já comprei outros livros que vi em videos e me pareceram interessantes ou "obrigatórios" conhecer.




Deixo o video da Juliana para quem não conhece ainda!


  Beijinho e boas leituras


   

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Ano novo... desafios novos!

  Ola!!

  Feliz Ano Novo para todos :)
  Antes de começar para aqui a divagar, quero desejar a todos um grande 2014, cheio de saúde, alegria, conquistas, boa disposição e muitos livros!! 

   Não sei se acontece convosco,mas o facto de me propor a ler um livro até uma certa data, já ajudou a desbloquear de certos pensamentos e angustias do dia a dia. Aquela fase em que um problema não sai da cabeça e não quero mais pensar nisso e lembro-me "tenho de acabar de ler aquele livro", começo... primeiras páginas, não entendi nada... tenho de voltar a trás... recomeço, entro na história e quando regresso a realidade, estou bem mais calma e capaz de encontrar soluções ou então reparo que o problema não era de especial e eu estava mesmo era a precisar de relaxar.
  
   Quando o cansaço chega é que não há nada a fazer, não sou capaz de ler.    
  Com o inicio do ano parece que a minha vida começa a voltar ao normal. Gosto de desafios, de andar ocupada... mas este fim de ano deixou-me mesmo sem fôlego. Apenas li um livrinho e comecei uns poucos, que rápido pus de lado por não me conseguir concentrar não deu para ler.
  
  Mas o novo ano está aí, as festas acabaram (por enquanto) e começo a ter tempo para desfrutar do meu sofá e do quente da minha lareira para ler, ver uns filmes, encher o meu filho de mimos =), tão bom!

  Hoje venho falar dos meus desafios para 2014. 
  Em 2013 propus-me a ler 30 livros, li pouco mais de metade, apenas 17. Então este ano a minha meta mantém-se nos 30 livros e estou confiante. O blog e o meu espaço no Jornal da Banda, são um incentivo e como foi no ano passado que comecei a ler com mais frequência, já venho bem preparada. Mas, não vou forçar, quero ler com calma, entender bem o que leio, saborear as histórias...

   Este mês quero acabar de ler Os Maias de Eça de Queirós que comecei no mês passado e gostava que começar os livros que deixei a meio durante o ano, Um piano para cavalos altos de Sandro William Junqueira, O Bobo de Christofer Moore e Como uma flor de plástico na montra de um talho de Golgona Anghel.
   Fica o desafio e espero conseguir. 
   E vocês o que andam a ler?

 Beijinho e boas leituras =)