sábado, 5 de outubro de 2013

O mundo perdido de Arthur Conan Doyle

  Do mesmo autor de Sherlock Holmes, Arthur Conan Doyle, apresento-vos hoje...

 O Mundo perdido, um livro de ficção cientifica que relata uma expedição a um local da Amazonia, habitado por animais pré históricos.


  Esta é uma publicação Europa-América que reúne vários clássicos do sec.XX. 
  O original foi publicado em 1912. Inspirou vários filmes e também uma série de TV, produzida na Grã-Bertanha com o mesmo nome, "The Last World".

"Sinopse":
 O Mundo Perdido, é o relato de uma expedição cientifica, integrando quatro intrépidos ingleses, a um longínquo planalto na selva sul-americana. Nesta região fora do tempo, que está isolada do exterior por penhascos verticais impossíveis de escalar e cercada por pântanos fétidos, deparam com medonhos sobreviventes da alvorada da história. São perseguidos por bandos de pterodáctilos, uma gigantesca lagartixa-peixe, titânicos repteis e bandos errantes de homens-chimpanzé pré-humanos. Ali presos, tendo apenas espingardas como protecção, os quatro têm de utilizar a astúcia e o seu intelecto superior para escaparem a este pesadelo primitivo.


  Esta aventura é protagonizada pelo professor Challenger, cuja reputação e credibilidade está manchada por em tempos ter afirmado a existência deste local sendo tomado como louco. Com ele vão mais três aventureiros Edward Malone, um jornalista apaixonado decidido a mostrar a sua amada que é corajoso e merecedor da sua atenção, o Professor Summerlee, com a missão de averiguar os factos e Lorde John Roxton, um viajante e aventureiro rico, sem problemas em atirar uma bala quando é preciso. Juntos vão investigar a veracidade dos relatos de Challenger. 

 Ainda não acabei de ler, mas apeteceu-me já falar dele. Não me parece que vá ter muito mais a acrescentar. É o primeiro de livro de ficção cientifica que leio e já estive para desistir por causa de algumas descrições extensas e maçadoras, na minha opinião. Mas uma vez que é o primeiro livro que leio de Conan Doyle, e sendo ele o criador de Sherlock Holmes... decidi dar uma oportunidade e apesar de não estar a ler com o entusiasmo de outras vezes até estou a gostar.

  Quem já leu?

  Fiquem bem e boas leituras ;)





quinta-feira, 3 de outubro de 2013

A rapariga que roubava livros de Markus Zusak, "um livro por mês" (5)

Que livro sensacional!!!



Autor: Markus Zusak

Edição/reimpressão: 2012

Páginas: 463

Editor: Editorial Presença

ISBN: 9789722339070
Coleção: Grandes Narrativas

Sinopse:Molching, um pequeno subúrbio de Munique, durante a Segunda Guerra Mundial. Na Rua Himmel as pessoas vivem um dia-a-dia penoso, sob o peso da suástica e dos bombardeamentos cada vez mais frequentes, mas não deixaram de sonhar.A Morte, narradora omnipresente e omnisciente, cansada de recolher almas, observa com compaixão e fascínio a estranha natureza dos humanos. Através do seu olhar intemporal, é-nos contada a história da pequena Liesel e dos seus pais adoptivos, Hans, o pintor acordeonista de olhos de prata, e Rosa, a mulher com cara de cartão amarrotado, do pequeno Rudy, cujo herói era o atleta negro Jesse Owen, e de Max, o pugilista judeu, que um dia veio esconder-se na cave da família Hubermann e que escreveu e ilustrou livros, para oferecer á rapariga que roubava livros, sobre páginas de Mein Kampf recuperadas com tinta branca, ou ainda da mulher que convidou Liesel a frequentar a sua biblioteca, enquanto os nazis queimavam livros proibidos em grandes fogueiras.Um livro sobre uma época em que as palavras eram desmedidamente importantes no seu poder de destruir ou de salvar. Um livro luminoso e leve como um poema, que se lê com deslumbramento e emoção.

  Sem duvida um dos melhores livros que já li!
  Foi um caso de amor a primeira vista. Eu apaixonei-me por esta capa, talvez o meu lado negro e romântico ao mesmo tempo, eu achei linda, estranha e curiosa, a morte a dançar com uma menina... que roubava livros.
  Decidi que tinha de ter aquele livro e quando o comprei  confesso que estava apenas curiosa.
  Humm, a morte a contar uma história...
  Eu não tinha lido muito a cerca dele e quando comecei a ler foi uma grande surpresa.

  A morte no seu jeito mais simpático e romântico conta-nos a história de Liesel.
 A história passa-se durante o regime nazi, numa Alemanha dividida entre o orgulho e o medo, que se orgulha do seu líder mas que vive as consequências de um regime como aquele e de uma guerra.
  Liesel vai morar com uma família adoptiva, os Huberman, o seu irmão também a ia acompanhar mas adoece e morre durante a viagem. Não bastasse esse trauma, ela ainda se depara com uma "mãe", Rosa, com um feitio, digamos, muito particular. Felizmente o "pai",Hans, é o oposto, muito meigo e paciente, que se vai tornar muito importante na sua vida. Ele vai ensina-la a ler e vai ser fundamental em toda a história. Hans toca acordeão e até o próprio instrumento tem a sua história. O casal tem dois filhos mas já não moram com eles.
  Lisel demora algum tempo a adaptar-se, mas acaba por se habitar aos novos pais e fazer alguns amigos. Um deles é Rudy Steiner, a amizade deles é tão cúmplice e verdadeira, apenas posso dizer que toda gente gostava de ter um Rudy Steiner na sua vida. Estes dois meninos são "cleptomaníacos" e vão proporcionar-nos muitos sorrisos durante as suas peripécias e também dar uma lição... Nunca deixem gestos ou palavras por dizer.
  No desenrolar da história vai aparecer um judeu lá em casa, que eles abrigam e cuidam, com todos os perigos que isso representa. Mais uma personagem muito importante que vais criar um laço muito forte com Liesel....

 ...
  Acreditam que ainda penso no judeu??
 O forte deste livro são mesmo as personagem, com grande personalidade que nos marcam, nos fazem viver as suas emoções, sentir na pele deles, rir e chorar com eles.. muito bom mesmo.
  E o narrador, a morte, cansada de recolher almas, simpática, sábia com bom sentimentos , se é possível dizer assim.
 Até sinto receio de escrever porque não quero desvendar muito, mas também tenho medo de deixar algo importante por dizer. :)

  Mas voltando há história, Liesel vai vivendo o seu dia-a-dia, ajudando a mãe e acaba por ter acesso a uma biblioteca pessoal... perfeito para uma rapariga que roubava livros.

  Os livros, as palavras, as emoções...
  Que importância têm na vida de Liesel?
  E na nossa??

 Este é um livro que vão devorar do inicio ao fim... a escrita de Markus Zusak é muito boa. Com frases curtas, sem descrições demoradas, e de uma forma poética que nos agarra. A morte ao longo de seu relato, vai parando, ora para nos aguçar a curiosidade com factos que vão acontecer mais a frente, ou para reforçar ideias, resumir factos como ideias a fixar. Eu achei uma ideia genial.

 Este é um livro inserido no plano nacional de leitura, mas acho que é indicado para qualquer idade, gostei muito de lê-lo e não estou nada arrependida de o ter comprado! Não empresto, não dou nem vendo a ninguém, quero que seja só meu :)

 E vocês já leram? Gostaram?

 Fiquem bem e boas leituras! beijinhos